Prisão na Alemanha para dois afegãos que planeavam atentado na Suécia

Dois cidadãos afegãos, simpatizantes da ideologia do movimento 'jihadista' Estado Islâmico (EI), foram hoje condenados a penas de prisão na Alemanha por terem planeado um atentado perto do parlamento sueco, após queimas do Corão no país escandinavo.

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Ibrahim M. G., de 30 anos, e Ramin N., de 24 anos, que tinham tentado, sem êxito, comprar armas na República Checa para preparar o atentado, foram condenados pelo tribunal da Turíngia, em Iena (leste), a cinco anos e meio e a quatro anos e dois meses de prisão, respetivamente.

“Partilhavam a sua (do EI) visão do mundo e aprovavam a sua abordagem violenta”, considerou o tribunal.

Em agosto de 2023, Ibrahim M. G. tornou-se membro do braço afegão do grupo Estado Islâmico em Khorasan (EI-K), conhecido pela sua extrema brutalidade. Fez uma confissão completa durante o julgamento.

“Em reação aos atos de queima do Corão na Suécia, os dois arguidos decidiram matar a tiro, próximo do parlamento sueco, deputados e quaisquer pessoas que tentassem impedir o seu ataque”, indicou o tribunal.

“Para executar o seu plano, tinham feito pesquisas na Internet sobre o local do atentado planeado em Estocolmo, bem como de informações sobre como viajar para a Suécia e como adquirir armas de fogo”, acrescentou o tribunal.

A 09 de setembro de 2023, deslocaram-se a Eger, uma cidade checa na fronteira alemã, para comprar armas no mercado negro, mas não conseguiram.

Foram detidos em Gera, no leste da Alemanha, em março de 2024, no âmbito de uma operação conjunta da Alemanha e da Suécia.

“Ambos os arguidos tinham conhecimento das atrocidades cometidas pelo EI-K, um grupo terrorista particularmente perigoso, e aprovavam-nas”, acrescentou o tribunal.

A Alemanha foi palco de vários atentados islamitas nos últimos anos, o mais mortífero dos quais foi o ataque com um camião em Berlim, em dezembro de 2016, que matou 12 pessoas.

Uma série de queimas de exemplares do Corão em 2023 na Suécia — um país que condenou tais ações, dando ao mesmo tempo ênfase à prevalência da liberdade de expressão e de reunião no seu território — provocou reações muito fortes no mundo muçulmano.

A 16 de outubro de 2023, dois suecos que tinham ido apoiar a sua equipa nacional de futebol foram mortos em Bruxelas por um tunisino radicalizado em situação ilegal na Bélgica, um atentado reivindicado pelo EI.

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