MINISTRO FEZ AJUSTES DIRETOS COM SÓCIO

Manuel Castro Almeida, Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, fez oito ajustes diretos a um sócio quando era o presidente na Câmara Municipal de São João da Madeira, no distrito de Aveiro.

© Folha Nacional

É um Governo ou uma agência imobiliária?

Antes de ser o atual ministro adjunto e da Coesão Territorial , Manuel Castro Almeida, era presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, no distrito de Aveiro, e tinha uma participação numa empresa imobiliária – que deixou de ter depois de ter estalado a polémica no governo devido à Lei dos Solos e às incompatibilidades dos governantes.

A empresa em causa, a Quantun 98, Investimentos Imobiliários Lda, tem atividade ligada à construção civil, projetos de engenharia e arquitetura e à compra e revenda de imóveis. De acordo com a RTP, um dos sócios da Quantun 98 está também ligado à empresa Construções Fernando Soares Ferreira. Ora, não existiria aqui qualquer problema, não fosse o facto de a Construções Fernando Soares Ferreira – pertencente a um dos sócios de Castro Almeida na Quantun 98 – ter firmado oito ajustes diretos com a Câmara Municipal de São João da Madeira quando Castro Almeida era o presidente. Por outras palavras, o agora ministro fez, enquanto presidente da câmara de São João da Madeira, oito ajustes diretos com a empresa de um sócio. O Ministro Adjunto e da Coesão Territorial tem sido um dos vários sociais-democratas a braços com questões de incompatibilidades entre as suas atividades empresariais privadas e as funções públicas que desempenham atualmente. Castro Almeida manteve, até ao dia 13 de fevereiro, uma participação numa empresa imobiliária. A empresa em questão, a Quantun 98 – Investimentos Imobiliários Lda., foi criada em 1998, tem sede em Vale de Cambra e está envolvida em atividades no setor da construção civil, engenharia, arquitetura e compra para revenda de imóveis.

Segundo notícia avançada pela RTP, o atual ministro transferiu a sua quota para os restantes sócios só depois de o seu colega de governo, Hernâni Dias, ter pedido a demissão por ter criado duas empresas imobiliárias quando já era governante. Quando questionado sobre a polémica, o ministro respondeu em forma de pergunta: “Qual é o problema?”.

Para o Presidente do CHEGA, o “problema é grande e envergonha o Executivo de Luís Montenegro”, considerando que esta é apenas mais uma situação “inenarrável deste governo”.

“É inadmissível que alguém que ocupe um cargo público faça negócios com o seu próprio sócio”, acusa André Ventura.

Estes elementos geraram novas preocupações sobre a imparcialidade de Castro Almeida nas decisões políticas, particularmente nas que poderiam beneficiar empresas com as quais teve relações anteriores. A falta de transparência e a coincidência temporal das suas decisões levantam dúvidas quanto à sua integridade enquanto governante, o que reacendeu o debate público sobre os potenciais conflitos de interesse entre o setor imobiliário e vários governantes em Portugal.

Este caso reforça a necessidade urgente de mais rigor nas regras de transparência e na prevenção de conflitos de interesse, tema que André Ventura já tinha abordado em conferência de imprensa. “É preciso que esta nova lei dos solos não seja uma porta aberta para a corrupção e que haja um canal de denúncias para que as pessoas possam alertar para possíveis casos de corrupção”, disse.

O caso de Manuel Castro Almeida é mais um episódio nesta série de casos de falta de transparência e de incompatibilidades que envolvem o Governo da AD.

Últimas de Política Nacional

​ A empresa de combustíveis Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, que transferiu 194 mil euros (sem IVA) para a Spinumviva — sociedade pertencente à família do ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro — doou também 10 mil euros ao PSD, segundo revelou a CNN Portugal.
André Ventura defende que aquilo que deve ser feito a corruptos é “ir-lhes aos bens para devolver à economia aquilo que nos tiraram”.
O alerta foi feito, mas ninguém quis ouvir. Hoje, Portugal é casa de 1,6 milhões de imigrantes. O CHEGA sempre defendeu um controlo mais apertado das políticas de imigração.
O líder do CHEGA considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos da América chegaram "tarde demais" e afirmou que a União Europeia deve defender os seus produtos.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que "em sede de propaganda vigora o princípio da liberdade", a propósito dos cartazes do Chega que associam José Sócrates e Luís Montenegro à corrupção.
Ventura alegou que os estrangeiros “vêm para cá fazer turismo de Saúde” e que partidos como o Livre querem um sistema de “bar aberto” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A conta do Presidente do CHEGA, André Ventura, na rede social X foi hoje suspensa, após a publicação de um vídeo onde pessoas de etnia cigana cometiam assaltos em plena luz do dia.
André Ventura critica a falta de explicações por parte de Montenegro e a sua posição contra acordos sem “transparência”.
Em causa está a requalificação do canal ferroviário de Espinho, pela Alexandre Barbosa Borges, SA (ABB), cujo valor deslizou cerca de nove milhões de euros acima do previsto, segundo contas feitas pelo jornal Expresso.
O Presidente do CHEGA justificou hoje a ausência de alguns deputados do partido nas listas para as próximas eleições legislativas com a necessidade apostar em jovens e “garantir a unidade” interna, sublinhando que “quem prevaricar será afastado”.