Estruturas sindicais das polícias dizem que governo não deu resposta à falta de efetivos

A estrutura que congrega os sindicatos e associações mais representativas das forças e serviços de segurança considerou hoje que o atual Governo não conseguiu dar resposta à falta de efetivos nas polícias e tornar a profissão mais atrativa.

© Folha Nacional

“Em 11 meses, o Governo podia ter dado respostas mais assertivas” aos principais problemas que afetam estas estruturas, disse à agência Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos sindicatos e associações das forças e serviços de segurança, Paulo Santos.

Esta estrutura, que congrega sindicatos da Polícia de Segurança Pública, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e dos guardas prisionais e associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana e Polícia Marítima, esteve hoje reunida para avaliar a atual situação política, fazer um balanço da intervenção do Governo e analisar quais os problemas que afetam estes profissionais.

Paulo Santos, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e que assume atualmente o secretariado da CPP, lamentou que o Governo, que está agora em gestão devido à queda do executivo em consequência do chumbo da moção de confiança, não tenha conseguido tornar a profissão mais atrativa.

“As forças de segurança continuam sem candidatos. A falta de efetivos é um problema transversal”, disse Paulo Santos, considerando que o trabalho deste Governo “ficou muito aquém daquilo que era necessário”.

Como exemplo, referiu que foram mencionadas na reunião da CPP situações em que há postos da GNR e da Polícia Marítima a funcionar atualmente “com um único elemento”.

Paulo Santos disse ainda que o acordo assinado em julho sobre o aumento do subsídio de risco foi positivo, apesar de o valor não ser o desejado, mas recordou que os militares da Polícia Marítima e os inspetores da ASAE não foram abrangidos, nem receberam qualquer benefício.

O secretário nacional da CPP deu conta que o Governo tinha prometido que o estatuto profissional da Polícia Marítima estaria concluído em dezembro de 2024, mas tal não aconteceu, e lembrou que o estatuto é de 1995.

Na ASAE, segundo Paulo Santos, os problemas relacionam-se com a falta de efetivos e atualizações salariais.

Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

Últimas do País

A bebé de quatro meses que regressou na quinta-feira ao final da tarde ao hospital de Gaia, após ser entregue na GNR dos Carvalhos, já se encontra numa instituição, revelou hoje à Lusa fonte hospitalar.
O tempo de espera para doentes urgentes no serviço de urgência geral do Hospital Amadora-Sintra rondava às 14h00 de hoje as 17 horas, uma demora que se deve a uma maior afluência de casos complexos, segundo a instituição.
Viajar de Intercidades em Portugal tornou-se, para milhares de passageiros, um exercício de incerteza. Mais de 40% das estações servidas por estes comboios não têm bilheteira, obrigando quem vive em zonas sem meios de venda a embarcar primeiro e procurar depois o revisor, como a própria CP recomenda.
As queixas sobre falta de material nas forças de segurança continuam a acumular-se, com polícias e guardas a relatarem que, para conseguirem desempenhar funções básicas, têm sido obrigados a comprar equipamento essencial.
O Padrão dos Descobrimentos, em Belém, Lisboa, deu esta quinta-feira um passo formal rumo à classificação patrimonial. De acordo com um anúncio publicado em Diário da República, o monumento, bem como a calçada envolvente, onde se encontra a Rosa-dos-Ventos, foi proposto para ser reconhecido como Monumento de Interesse Público (MIP).
A empresa distribuidora VASP vai deixar de assegurar, a partir de 2 de janeiro de 2026, a entrega diária de jornais em oito distritos do país: Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Uma ourivesaria em São João da Talha, no concelho de Loures, foi alvo de um assalto à mão armada na manhã desta quinta-feira. A informação foi confirmada ao Notícias ao Minuto por fonte oficial da PSP, que recebeu o alerta por volta das 10h50.
O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Gaia/Espinho, Luís da Cruz Matos, disse hoje estar a “avaliar tudo o que se passou” no caso de uma mãe que retirou o bebé do internamento.
A Associação Nacional de Unidades de Diagnóstico por Imagem (ANAUDI) alertou hoje para o "risco de colapso" da rede convencionada de imagiologia, responsável por milhões de exames de beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Uma nova ofensiva do conhecido Gang dos Rolex voltou a causar alarme na capital.Um homem foi assaltado em plena rua de Campolide, esta terça-feira à tarde, por dois motards que lhe apontaram uma arma e lhe retiraram um relógio avaliado em cerca de sete mil euros.