Número de mortos devido a sismo em Myanmar aumenta para 3.471

O número de mortos do sismo de 28 de março em Myanmar aumentou para 3.471, com mais de 4.600 feridos e 214 desaparecidos, avançou hoje a junta militar no poder no país.

© D.R.

 

LAs forças armadas divulgaram este novo balanço através do jornal oficial Global New Light de Myanmar, numa altura em que as equipas de resgate, incluindo algumas estrangeiras, continuam a remover escombros e a procurar os desaparecidos.

O anterior balanço, divulgado no sábado, apontava para 3.354 mortos, 4.850 feridos e 220 desaparecidos, tendo sido resgatadas pelas equipas de socorro 653 pessoas.

O sismo de magnitude 7,7 atingiu uma grande área do país, causando danos significativos em seis regiões e estados, incluindo a capital Naypyitaw, deixando ainda muitas áreas sem energia e comunicações.

O abalo agravou também a crise humanitária desencadeada pela guerra civil do país, que deslocou internamente mais de três milhões de pessoas, de acordo com as Nações Unidas.

O líder do Governo militar, general Min Aung Hlaing, adiantou que o sismo foi o segundo mais forte da história do país, após o terramoto de magnitude 8 registado a leste de Mandalay, em maio de 1912.

O regime explicou ainda que mais de 150 toneladas de ajuda humanitária — de países como a China, Estados Unidos, Singapura, Índia e Tailândia — entraram no país desde o sismo.

Uma estimativa menciona o colapso ou danos parciais em pelo menos 21.783 casas, 805 edifícios de escritórios, 1.690 pagodes, 1.041 escolas, 921 mosteiros e conventos, 312 edifícios religiosos, 48 hospitais e clínicas e 18 hectares de plantações.

Min Aung Hlaing, confirmou — noutro artigo publicado hoje pelo jornal oficial — o plano de construir escolas temporárias para garantir que as crianças regressam às aulas o mais rapidamente possível.

As forças armadas voltaram hoje a acusar as guerrilhas étnicas e a oposição democrática de cometerem “actos terroristas”, referindo-se a alegados ataques contra instalações estatais e militares, em plena disputa territorial que se agravou desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021.

Os militares e vários grupos de resistência armada declararam um cessar-fogo temporário na quarta-feira, após o terramoto, para facilitar o fluxo de ajuda humanitária.

Na quarta-feira, o Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou a junta militar de não respeitar o cessar-fogo, tendo efetuado, pelo menos, 16 ataques desde a trégua e um total de 61 desde o terramoto.

Em 28 de março, um sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter, com epicentro em Myanmar (antiga Birmânia) foi sentido em vários países do Sudeste Asiático, incluindo a Tailândia, onde um total de 22 pessoas morreram na capital.

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