Agricultores defendem aposta na produção nacional

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu hoje que Portugal, além de diversificar mercados, deve apostar na sua produção para abastecer escolas e hospitais, mitigando o impacto das tarifas norte-americanas.

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A CNA teve hoje uma reunião com o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, sobre as tarifas aduaneiras dos EUA.

“Aquilo que a CNA transmitiu hoje ao senhor ministro da Agricultura é que há uma necessidade, além da diversificação dos mercados, de termos uma resposta nacional e de olharmos para o mercado interno”, afirmou o dirigente da CNA Pedro Santos, em declarações à Lusa.

Para os agricultores, a aposta deverá passar pelo consumo interno e pelos circuitos curtos de comercialização para garantir as compras públicas, nomeadamente o abastecimento das escolas e hospitais.

A CNA mostra-se igualmente favorável à diversificação dos mercados com os quais Portugal tem relações comerciais, sobretudo no que diz respeito aos produtos que vão ser mais afetados pela política tarifária de Donald Trump, como o vinho.

Contudo, Pedro Santos avisou que os efeitos vão sentir-se em mais categorias, como a cortiça e o azeite. A isto somam-se os impactos indiretos relacionados, por exemplo, com o aumento dos ‘stocks’.

A confederação quer ainda uma resposta ao nível da União Europeia, sublinhando que a Política Agrícola Comum (PAC) está muito longe da realidade “que hoje temos em cima da mesa”, precisando assim de ser redefinida, de modo a apoiar quem produz.

“Não pode ser a agricultura familiar a pagar a fatura das tarifas. Os problemas já existiam […], as tarifas vêm agudizá-los ainda mais. Portugal precisa de ter uma resposta, quer seja ainda deste Governo ou de um próximo”, concluiu.

De acordo com a CNA, esta foi uma reunião da auscultação, tendo o ministro da Agricultura referido que está a trabalhar, com o Governo, em particular com o Ministério da Economia, para encontrar soluções para este problema.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira a imposição de uma tarifa de base global de 10% a todos os países que considera estarem a criar barreiras comerciais aos produtos norte-americanos, acrescentando uma tarifa adicional para aqueles que considera serem os “piores infratores”.

Será aplicada uma tarifa de 20% a todas as importações provenientes da União Europeia.

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