CHEGA promete CPI “para discutir RASI” na próxima legislatura

O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.

© Folha Nacional

Esta intenção foi transmitida por Pedro Pinto em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião da conferência de líderes em que foi rejeitado um requerimento do Bloco de Esquerda para que o RASI 2024 fosse discutido em comissão permanente na quarta-feira.

O CHEGA, segundo Pedro Pinto, votou contra (ao lado do PSD e CDS) o requerimento do Bloco de Esquerda, por considerar que se estava perante “um número político de um partido que tem dois por cento nas sondagens”.

Pedro Pinto disse ainda que o Bloco de Esquerda, tal como o PCP há quinze dias, “revelou deslealdade”, já que terá ficado assente que, em período de dissolução do parlamento, as reuniões das comissões permanentes se limitariam por princípio a declarações políticas por parte de cada uma das bancadas.

“Para discutir o RASI, estamos na primeira linha. Na próxima sessão legislativa, vamos apresentar um pedido de comissão parlamentar de inquérito ao RASI, porque é importante que tudo seja discutido”, declarou o líder parlamentar do CHEGA.

De acordo com Pedro Pinto, o CHEGA “não acredita nos dados do RASI”.

“Já não acreditávamos nos dados do RASI quando o Governo era do PS. Também não acreditamos nesses dados agora com o Governo da AD. Por isso, da nossa parte, discutir o RASI, sim, só que não da maneira como o Bloco de Esquerda queria fazer”, justificou.

O presidente da bancada do CHEGA acrescentou que o Bloco de Esquerda “não está nada preocupado com a segurança dos portugueses, não está nada preocupado com o RASI”.

“O Bloco de Esquerda quer fazer um número político. Está com 2% nas sondagens. Percebo perfeitamente que querem fazer um número político a ver se conseguem subir um pouco nas sondagens, mas não é à conta do CHEGA que vão fazer isso”, insistiu.

Últimas de Política Nacional

O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.
O líder do CHEGA, André Ventura, exigiu hoje explicações ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre as alterações nas tabelas de retenção do IRS e acusou o Governo de promover "uma fraude" para "enganar as pessoas".
O Presidente do CHEGA prometeu criar "o maior pacote anticorrupção da história" do país e voltar a colocar o tema das creches na agenda nacional, se o partido ganhar as eleições legislativas antecipadas do dia 18 de maio.
O presidente do CHEGA considerou hoje que as suspeitas sobre Luís Montenegro apenas serão ultrapassadas se o primeiro-ministro "tiver vontade em resolver" o assunto e evitar a contaminação da campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a Luís Montenegro mais explicações sobre a sua vida patrimonial para evitar contaminar a campanha eleitoral, dizendo-se cada vez mais convicto de que o primeiro-ministro tem “uma severa falta de seriedade”.
​ A empresa de combustíveis Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, que transferiu 194 mil euros (sem IVA) para a Spinumviva — sociedade pertencente à família do ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro — doou também 10 mil euros ao PSD, segundo revelou a CNN Portugal.
André Ventura defende que aquilo que deve ser feito a corruptos é “ir-lhes aos bens para devolver à economia aquilo que nos tiraram”.