Ventura acusa Pedro Nuno: “Se não conseguiu gerir um ministério, como vai gerir todos os ministérios?”

“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.

© Folha Nacional

O frente-a-frente entre CHEGA e PS, realizado esta terça-feira, começou com o tema da Economia em destaque. Logo na primeira pergunta – “Como se protege a economia portuguesa?” –, Ventura atacou a liderança socialista: “Criando estabilidade, algo que o PS, com Pedro Nuno Santos à cabeça, não garantiu ao país”. Para o líder do CHEGA, a atuação do ex-ministro da Habitação e das Infraestruturas foi sinónimo de desorganização e falta de rumo.

Repetindo o argumento, reforçou: “Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia. Deu cabo da TAP, da ferrovia, da CP.”

Ventura não parou por aí. Levantou duas questões diretas: “Em 2023, o PS aumentou o IUC. Agora quer baixar. O que mudou? O PS chumbou o IVA Zero proposto pelo CHEGA, mas agora inclui-o no seu programa. O que mudou, afinal?”

“Se Pedro Nuno Santo não geriu bem um ministério, como vai gerir bem todos os ministérios? Geriu mal a Habitação, uma das áreas mais críticas do país. Como vai liderar o Governo?”, questionou Ventura, que aproveitou para voltar à crítica fiscal.

“O PS tem uma lógica simples: taxar, taxar, taxar. Pedro Nuno sempre foi contra baixar impostos. Quer cobrar mais, não para fazer o país crescer, mas para distribuir pelos que não querem trabalhar e por um conjunto de parasitas, dentro e fora do Estado, que continuam a afundar Portugal”, acusou, rematando com a promessa de que, com ele, “vai ser cortar a direito”.

O tema da imigração também esteve em cima da mesa. Ventura afirmou ter ouvido Pedro Góis, diretor científico do Observatório das Migrações, dizer que “os portugueses talvez possam ficar mais tempo em casa dos pais porque os imigrantes precisam de habitação”. Em resposta, arrematou: “No meu primeiro dia como primeiro-ministro, será o seu último em funções.”

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.