Maioria dos detidos pela PSP e GNR em operações de Páscoa conduziam embriagados ou sem carta

A PSP e a GNR detiveram na última semana cerca de 1.150 pessoas em operações especiais de Páscoa, mais de metade delas por conduzirem embriagadas ou sem carta, segundo os balanços provisórios de hoje das duas entidades.

© Facebook/PSP

No âmbito da Operação Páscoa Segura 2025, nas áreas da responsabilidade da PSP a nível nacional, foram efetuadas 686 detenções desde o início desta operação, em 11 de abril, destacando-se 358 por crimes rodoviários, nomeadamente 194 por condução de veículo em estado de embriaguez e 164 por falta de habilitação legal para conduzir.

Já a GNR fiscalizou desde o mesmo dia 56.102 condutores, dos quais 290 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 gramas por litro de sangue, o que é considerado crime, e 178 por conduzirem sem carta.

No âmbito da sinistralidade rodoviária, a PSP registou 1.098 acidentes, dos quais resultaram 344 feridos (16 feridos graves e 328 feridos ligeiros), fiscalizou 12.923 condutores e controlou por radar 57.357 viaturas, tendo passado 4.659 multas.

Destas contraordenações, a maior parte (1.130) foram por excesso de velocidade, 481 por falta de inspeção, 188 por falta de seguro, 112 por uso do telemóvel durante a condução, 112 por condução sob influência do álcool e 35 pela falta de utilização do cinto de segurança.

Já no âmbito da Operação Páscoa 2025 da GNR, focada em infrações rodoviárias, foram registados 1.750 acidentes, dos quais resultaram duas vítimas mortais – dois motociclistas, uma mulher em Viseu e um homem na Covilhã -, além de 31 feridos graves e 510 feridos ligeiros.

A GNR detetou ainda 10.172 contraordenações rodoviárias, a maioria (2.575) por excesso de velocidade, além de 274 por falta ou uso incorreto do cinto de segurança, 325 por uso do telemóvel durante a condução, 1.385 por falta de inspeção e 434 por falta de seguro obrigatório.

Na última semana, a PSP deteve 54 suspeitos por crimes contra a propriedade (furtos, roubos e burlas) e 48 por tráfico de droga, tendo sido apreendidas mais de 44.400 doses individuais.

Segundo a PSP, foram registadas 369 ocorrências relacionadas com violência doméstica na sua área de fiscalização, tendo sido detidos 12 suspeitos pela prática deste crime.

A PSP deteve também 19 pessoas por posse de armas e apreendeu 46 armas proibidas (16 armas de fogo, 21 armas brancas e 9 armas de outras tipos).

A Operação Páscoa em Segurança 2025 decorre em todo o território nacional desde as 00:00 de sexta-feira, 11 de abril, e até 21 de abril e a Operação Páscoa 2025 da GNR decorre desde sexta-feira até 18 de abril.

A operação da GNR dá prioridade à fiscalização de situações de condução sob a influência do álcool e de substâncias psicotrópicas, bem como o excesso de velocidade, utilização indevida do telemóvel, utilização correta do cinto de segurança e de cadeirinha, falta de inspeção periódica e de seguro de responsabilidade civil obrigatórios.

Estará também atenta à “incorreta execução de manobras de ultrapassagem, de mudança de direção e de cedência de passagem”.

Já a PSP, além da sinistralidade rodoviária também se foca noutros crimes, em relação aos quais a polícia deixou alguns conselhos.

Para prevenir o crime de burla, apela à população para não fornecer dados pessoais, “desconfiar e suspeitar sempre de quaisquer solicitações que tenham urgência” e de negócios aparentemente bastante rentáveis e vantajosos.

Aconselha também precauções para quem se ausente da sua residência nesta época, como fechar e trancar devidamente a porta, manter “alguma roupa estendida” ou recorrer a algum tipo de iluminação de presença que permita dar a entender que possa estar algum morador na habitação.

Recomenda também à população para não divulgar nas redes sociais as rotinas diárias, bem como os períodos de ausência, e não ter em casa grandes quantias de dinheiro e manter “as joias guardadas em cofres”.

Últimas do País

Portugal continental registou 198 ocorrências entre as 00:00 e as 08:00 de hoje, devido ao mau tempo, sobretudo na área metropolitana do Porto, com o número de incidentes a diminuir devido à gradual melhoria do tempo.
O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) da Madeira voltou hoje a recomendar a adoção de medidas preventivas devido à passagem da depressão Cláudia no arquipélago, prevendo-se um agravamento das condições meteorológicas até domingo.
A Polícia Judiciária (PJ) apresentou esta sexta-feira, em Coimbra, uma nova campanha de sensibilização para os riscos no ambiente digital, revelando que 11,5% dos jovens que participaram em sessões de prevenção afirmam ter sido vítimas de cibercrime.
As exportações de vinho português atingiram 696,1 milhões de euros no terceiro trimestre, mantendo-se estáveis face ao mesmo período do ano passado, segundo dados da ViniPortugal hoje divulgados.
O antigo Hotel Nave, no Porto, permanece abandonado e tem vindo a ser ocupado de forma irregular por imigrantes que procuram um local para passar a noite. O edifício, que funcionou durante cerca de 60 anos como unidade hoteleira, encontra-se entaipado, degradado e sem condições de segurança.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 29 anos por, alegadamente, ter tentado matar outro com uma arma em julho, em Matosinhos, no distrito do Porto, anunciou hoje esta força policial.
O Agrupamento de Escolas de Souselo, em Cinfães, abriu um inquérito interno para apurar em que situação um aluno da escola de Fonte Coberta perdeu as pontas de dois dedos, revelou hoje à agência Lusa o seu diretor.
Dois serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia vão estar fechados no sábado, enquanto no domingo estará encerrada uma urgência obstétrica, de acordo com o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Portugal continental registou, entre as 14h00 de quarta-feira e as 11h00 de hoje, um total de 2.434 ocorrências relacionadas com a situação meteorológica adversa, sobretudo inundações, que provocaram duas mortes e 32 pessoas deslocadas, revelou a Proteção Civil.
Portugal destaca-se entre os países com uma estrutura demográfica mais envelhecida, mas contrasta violentamente com a sua capacidade de resposta: há insuficiência de camas e de profissionais especializados para cuidar da população sénior, alerta o jornal Público.