Chega diz que PS e PSD são “os melhores aliados” e insiste no confisco de bens

O Presidente do CHEGA considerou hoje que PS e PSD fingem que estão “um contra o outro”, mas são “os melhores aliados”, depois de o secretário-geral socialista admitir deixar cair uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.

“Isto é o sistema a funcionar como sempre funcionou. Vamos fingir que estamos um contra o outro, para na verdade sermos os melhores aliados um do outro”, afirmou.

André Ventura falava na apresentação do programa eleitoral do CHEGA às eleições legislativas de 18 de maio, com o mote “Salvar Portugal”, que decorre num hotel em Lisboa.

Na terça-feira, na conferência Fabrica 2030, promovida pelo jornal Eco, em Lisboa, Pedro Nuno Santos disse esperar que “não seja necessário” haver uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.

“Tenho expectativa de que, até ao final da campanha eleitoral, consigamos esclarecer o que há ainda para esclarecer”, disse o secretário-geral do PS.

O líder do CHEGA acusou também socialistas e sociais-democratas de se unirem para “ser o centro, o epicentro, a marca e a proteção da corrupção generalizada que há em Portugal”.

“O CHEGA foi claro, dissemos que é preciso penas mais elevadas e confiscar os bens dos corruptos”, afirmou, criticando que o Governo tenha anunciado hoje um anteprojeto de lei, a submeter a discussão pública, que aprofunda o mecanismo da perda clássica e alargada de bens, incluindo após os crimes prescreverem ou os arguidos morrerem.

“Agora que faltam três semanas para as eleições dizem que o CHEGA afinal tinha razão”, disse, pedindo para “ser levado a sério”.

O Presidente do CHEGA indicou que quer “avançar com o confisco generalizado de bens” e voltou a dizer que, se for Governo, “no primeiro dia” vai “apresentar o maior pacote anticorrupção da história do país”, sem detalhar.

No programa eleitoral divulgado hoje, o CHEGA indica que quer “reformar o sistema de apreensão, confisco e devolução ao Estado (e aos eventuais lesados) do património e produto do crime económico-financeiro, garantindo, tal como ocorre nos sistemas anglo-saxónicos uma eficaz apreensão de bens mesmo antes da condenação final e a celeridade conexa do processo em referência”.

Ventura considerou também que “o Governo teve um ano para apresentar um pacote anticorrupção, mas nunca o fez, não fosse a lei cair em cima de si próprio”.

Últimas de Política Nacional

A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.