Ventura quer “auditoria urgente” para esclarecer causas do apagão

O Presidente do CHEGA disse esta terça-feira que o partido vai pedir ao Governo uma auditoria, feita por uma entidade independente, para esclarecer as causas do apagão que deixou o país sem luz durante várias horas na segunda-feira.

© Folha Nacional

“Hoje temos uma reunião com o Governo em que o nosso grupo parlamentar estará presente. Nós vamos pedir uma auditoria urgente, que pode ser até conduzida por serviços independentes, para sabermos exatamente o que é que se passou e podermos evitar que isto aconteça no futuro”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas antes de uma visita à Sagalexpo, que decorre na FIL, em Lisboa.

“Precisamos de uma auditoria completa ao que aconteceu, perceber onde é que falhámos e perceber onde é que não podemos voltar a falhar” para poder assegurar aos portugueses que “não vai voltar a acontecer”, afirmou.

O líder do CHEGA defendeu que a auditoria “pode ser conduzida por um serviço público independente, também pode ser pedida a uma entidade externa independente”, mas não pelo regulador, sustentando que a ERSE “pouco tem feito para regular efetivamente o mercado da energia”.

André Ventura indicou que deve ser uma “entidade credível”, mas não quis referir nenhuma em particular.

Para o Presidente do CHEGA, “é um pouco incompreensível como é que, quer em Portugal, quer em Espanha, ao fim de 24 horas”, ainda não se saiba “o que aconteceu”.

Ventura defendeu também que não será suficiente a realização de uma auditoria apenas em Espanha.

O Presidente do CHEGA deixou críticas ao Governo, considerando que o executivo “não agiu bem, e as pessoas ficaram à sua sorte e à sua mercê”.

“Em dias destes é preciso comunicar com as pessoas, as pessoas não podem ficar às escuras, não podem não saber o que está a acontecer, não saber se isto é um ataque externo, se é um ataque de natureza cibernética, se é uma falha de natureza estrutural, se é conjuntural, se vai durar cinco horas ou 10 horas”, salientou, dizendo que o Governo deveria também ter desmentido as informações falsas relativas ao apagão, que circularam durante o dia, e tranquilizado a população quanto ao que se estava a passar.

As críticas estenderam-se também à Proteção Civil, com o dirigente a considerar que esta entidade “falhou, ao não enviar uma mensagem que devia ter ido para todos, a uma hora aceitável”.

André Ventura lamentou ainda o encerramento das centrais termoelétricas nos últimos anos, considerando que isso “matou a soberania energética [portuguesa] e tornou o país “dependente do consumo e do abastecimento externo”.

“Ontem viu-se o que deu, basta haver uma única falha, o país fica absolutamente às escuras e sem proteção”, afirmou.

Na segunda-feira, a REN – Redes Energéticas Nacionais disse que as centrais a carvão não funcionariam para este tipo de situações.

Ventura aproveitou ainda para “saudar os portugueses pela forma como se comportaram, pela forma como, de forma ordeira, resistiram a um dia inédito”.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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