Expulsar 18 mil imigrantes ilegais? “Só há um político que consegue controlar a imigração”

Em reação à notícia avançada este sábado sobre a intenção do Governo de expulsar cerca de 18 mil imigrantes ilegais de Portugal, André Ventura acusou o executivo de Luís Montenegro de estar a fazer “eleitoralismo puro” e de “enganar os portugueses”.

© Folha Nacional

O Governo anunciou, no sábado, planos para expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem licença ou autorização legal. Mas “o CHEGA disse o ano inteiro que havia imigrantes a mais e que era preciso controlo na imigração”, ripostou o Presidente do CHEGA.

Em reação à notícia avançada este sábado sobre a intenção do Governo de expulsar cerca de 18 mil imigrantes ilegais de Portugal, André Ventura acusou o executivo de Luís Montenegro de estar a fazer “eleitoralismo puro” e de “enganar os portugueses”.

“Isto deixa claro que o Governo está a brincar com a situação da imigração. Temos um processo com meio milhão de imigrantes, sabemos que entraram cerca de 120 mil sem verificação do cadastro criminal e o Governo nada fez. Agora, a 18 dias das eleições legislativas, vem falar de 18 mil imigrantes ilegais”, disse Ventura, em declarações aos jornalistas durante uma visita à Ovibeja.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência, declarou que o governo de centro-direita irá emitir cerca de 18 mil notificações a imigrantes ilegais, solicitando-lhes que abandonem o país.

Segundo o ministro, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) recebeu indicações para, já na próxima semana, começar a notificar os primeiros 4.500 imigrantes em situação irregular, pedindo-lhes que abandonem voluntariamente o território nacional no prazo de 20 dias.

De acordo com o jornal Público, trata-se sobretudo de cidadãos impedidos de permanecer no Espaço Schengen por outros países europeus, o que impossibilita a sua regularização em Portugal.

“Propusemos quotas de imigração, propusemos um referendo à imigração, propusemos o fim dos vistos de residência de curta duração, e agora, a cerca de 20 dias das eleições, o Governo vem dizer que ‘afinal, o CHEGA tem razão’”, afirmou Ventura.

E concluiu: “As pessoas não se deixam enganar e sabem que há um partido e um político que vai mesmo controlar a imigração.”

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.