PJ com”alguns inquéritos” abertos por aliciamento sexual de crianças em jogos online

A Polícia Judiciária (PJ) tem abertos "alguns inquéritos" relacionados com o aliciamento sexual de crianças e adolescentes em plataformas de jogos como a Roblox, usadas a partir dos oito anos, revelou a força policial.

© Facebook da PJ

“Nós temos em investigação alguns inquéritos sobre o aliciamento de menores através de plataformas de jogos online, incluindo a Roblox”, adiantou à Lusa a Carla Costa, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), sublinhando que estas têm utilizadores a partir dos 8 anos.

O Fortnite e a Discord são outros dos jogos e plataformas que, segundo a inspetora-chefe, são aproveitadas pelos predadores.

Lembrando que em causa estão plataformas em que os jogadores interagem uns com os outros, Carla Costa explicou que as crianças julgam, por vezes, estar a conversar com pessoas da sua idade, quando, na realidade, estão a comunicar com adultos.

“As conversas iniciam-se com questões que têm a ver com o próprio jogo em si e, depois estas vítimas são transferidas para outro tipo de plataformas, como as encriptadas ponto a ponto”, em que lhes são pedidos “conteúdos íntimos”, descreve a investigadora da UNC3T.

Embora a PJ não disponha de dados sistematizados, a inspetora-chefe fala numa intensificação do fenómeno, associada ao “número de horas que as crianças passam nos jogos online”.

“Se nós, no mundo real, dizemos aos nossos filhos para não falarem com estranhos, não temos o mesmo cuidado e a mesma preocupação no que acontece no mundo virtual. E isto é que tem de mudar. Os pais têm de estar sensibilizados para o facto de que a criança ou jovem estar fechado no quarto não quer dizer que esteja seguro”, alerta Carla Costa.

A supervisão da atividade online das crianças e adolescentes, incluindo a monitorização ou mesmo proibição de conversas destes com pessoas que só conhecem do mundo virtual, e a sensibilização dos menores para não partilharem dados pessoais, bem como para contarem a um adulto da sua confiança caso sejam “abordados de uma forma estranha ou desconfortável” são algumas das recomendações que a investigadora deixa aos pais e outros familiares adultos.

O apelo é ainda para que estes casos sejam denunciados às autoridades, nomeadamente à PJ.

“Há várias variáveis que concorrem para o sucesso ou insucesso da investigação, mas felizmente temos alguns bons casos de sucesso”, conclui a inspetora-chefe da UNC3T.

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