O medicamento, denominado Yeztugo (lenacapavir), destina-se a reduzir o risco da contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) – na origem da SIDA – por via sexual em adultos e adolescentes com um peso mínimo de 35 quilos.
O inibidor tem a forma de injetável e será aplicado bianualmente, sendo esta a primeira e única opção disponível não só nos Estados Unidos, mas também a nível mundial para a prevenção da doença, que foi identificada pela primeira vez em 1981.
Daniel O’Day, presidente e diretor executivo da Gilead, considerou esta aprovação um “momento decisivo na luta de décadas contra o VIH”, afirmou num comunicado.
Os ensaios clínicos mostraram que 99,9% dos participantes que receberam o tratamento permaneceram seronegativos, afirmou.
“O Yeztugo vai ajudar-nos a prevenir o VIH a uma escala nunca antes vista. Temos agora uma forma de acabar com a epidemia do VIH de uma vez por todas”, acrescentou O’Day.
O médico Carlos del Rio, co-diretor do Centro Emory para a Investigação da SIDA em Atlanta, Geórgia, afirmou que a injeção bianual poderá permitir ultrapassar “largamente” as principais barreiras, entre as quais o estigma, que as pessoas com regimes de dosagem frequentes, especialmente a medicação oral diária, enfrentam.