André Ventura afirma que a Europa “não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares”

O Presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a Europa "não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares" e defendeu que, "às vezes, a força tem de ser a melhor garantia da paz".

© Folha Nacional

“O Irão não deve ter armas nucleares. Acho que esse é um consenso que qualquer europeu, seja ele português, espanhol, francês, italiano, britânico, deve ter, a Europa não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares”, afirmou.

O líder do CHEGA, que falava aos jornalistas antes de uma reunião com a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), em Lisboa, disse compreender que “Israel, que é a única democracia do Médio Oriente, também não queira que o Irão tenha armas nucleares”.

“Isto não quer dizer que Israel possa fazer o que entender e que Israel possa levar a cabo as ações que entende sobre esta matéria. Tem que haver controlo, a Europa deve ter um papel de defesa do direito internacional, da paz, mas isto é uma coisa, outra é compreender que às vezes a força tem que ser a melhor garantia da paz”, sustentou, considerando que os líderes do Irão “só são sensíveis a isso”.

Ventura afirmou que “Portugal fez bem em contribuir, dentro do seu espetro, para uma ação concertada internacional que impeça o Irão de ter armas nucleares”, devendo ao mesmo tempo “ter uma voz ativa, sobretudo no quadro europeu, para impedir que Israel possa fazer o que entender”.

O Presidente do CHEGA referia-se à presença de 12 aviões reabastecedores dos EUA na Base das Lajes, Açores. No domingo, o Ministério da Defesa Nacional indicou que se tratam de “aviões de reabastecimento aéreo”, não se tratando de meios aéreos ofensivos.

“O que é importante é garantir que Portugal está alinhado com os seus aliados internacionais, com as potências ocidentais, e nós temos que saber muito bem de que lado estamos. Portugal está do lado das democracias ocidentais, Portugal está do lado das democracias que têm sido a sua referência diplomática nos últimos anos, não está do lado das tiranias, das ditaduras, daqueles que oprimem os direitos das minorias, das mulheres, da oposição política, como é o caso do Irão”, disse.

Não é possível “querer paz com cravos, poemas e conversa”, defendeu André Ventura, que aproveitou também para criticar a postura dos partidos de esquerda, que acusou de estarem “muito solidários com o Irão”.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em meados de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.

O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.

Últimas de Política Nacional

Os deputados do CHEGA vão doar o aumento salarial às vítimas dos incêndios. André Ventura rejeita “enriquecer à custa do sofrimento do povo” e critica privilégios em tempos de crise.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a decisão do Tribunal Constitucional de chumbar a lei dos estrangeiros “não é compreensível” e traduz “um espírito de esquerda que se apoderou das instituições”.
O Ministério Público instaurou um inquérito-crime a André Ventura e Rita Matias por declarações feitas no Parlamento. Trata-se de algo inédito na democracia portuguesa, uma vez que, de acordo com o jornal Público, não há registo de investigações criminais motivadas por intervenções realizadas em plenário.
O líder do CHEGA disse esta quarta-feira respeitar a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público e manifestou-se convicto de que será arquivado, por considerar que se trata de uma questão de "liberdade política".
O CHEGA quer que os agentes da polícia possam utilizar armas de fogo em caso de agressão por suspeitos de crimes cometidos com violência, e não apenas perante perigo de morte ou ofensa grave à integridade física.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou hoje à Lusa estar a acompanhar a detenção do ex-deputado de Macau e cidadão português Au Kam San, suspeito de violação da lei relativa à defesa da segurança do Estado.
O CHEGA vai propor uma reforma da Justiça no início de setembro, alegando a necessidade de garantir a eficácia do sistema judicial e a sua independência do poder político, anunciou o presidente do partido.
Desde janeiro de 2025, a Polícia Municipal do Porto aumentou significativamente o número de multas. O CHEGA chegou a propor a proibição destes radares, defendendo que só a PSP deve fiscalizar velocidades.
Chamas devoram aldeias, cortam estradas e deixam populações em pânico. O CHEGA acusa o Governo de “incompetência criminosa” e exige estado de emergência nacional.
O político angolano Lindo Bernardo Tito ameaçou André Ventura, Presidente do partido CHEGA, durante a sua participação no programa Revista Zimbo, transmitido pela TV ZIMBO, afirmando: “Ele que não sonhe passar por cá”, em referência ao líder do CHEGA.