INEM com quatro helicópteros 24h/dia da Força Aérea e dois da empresa Gulf Med apenas 12h/dia

O transporte aéreo de emergência vai ser garantido a partir de terça-feira com quatro helicópteros da Força Aérea 24 horas/dia e dois da empresa que ganhou o concurso (Gulf Med), que apenas voarão 12 horas/dia, esclareceu esta segunda-feira o INEM.

© INEM

Numa nota enviada às redações, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) explica que os quatro helicópteros da Força Aérea Portuguesa (FAP) terão equipas médicas da FAP e serão acionados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Os dois outros aparelhos que entram em funcionamento na terça-feira, da Gulf Med, terão equipas médicas do INEM e funcionarão apenas em regime de 12 horas, entrando os restantes [no concurso estavam previstos quatro] ao serviço, de forma gradual, até 30 de setembro.

O INEM esclarece ainda que o início da prestação de serviço através da empresa que tinha vencido o concurso – que contemplava quatro helicópteros a partir de 01 de julho – será feito “de forma gradual”, de modo a cumprir “todos os requisitos da legislação aeronáutica europeia, relacionados essencialmente com a garantia de segurança da operação”.

Diz ainda que até obtenção do visto do Tribunal de Contas, o serviço prestado pela Gulf Med será assegurado por via de um ajuste direto, como resultado da consulta preliminar realizada pelo INEM ao mercado, ao qual a empresa se apresentou apenas com dois helicópteros.

A FAP vai garantir o período de transição do serviço para o novo operador, que ficará responsável pela operação até 2030, como resultado do concurso público internacional.

Na nota, o INEM não esclarece quais serão as bases onde estarão os aparelhos, mas numa nota dirigida aos profissionais do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM), a que a Lusa teve acesso na sexta-feira, o instituto referia que estariam disponíveis helicópteros nas bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé, que no dia 15 de julho estaria disponível um helicóptero em Évora e dizia ser “previsível a disponibilidade de aeronave para a base de Viseu (…) durante o mês de agosto”.

Na sexta-feira, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil alertou para a possibilidade de a rapidez do serviço de transporte aéreo de emergência ficar comprometida se for garantido pela Força Aérea porque as bases de localização dos helicópteros são diferentes.

Em declarações à Lusa, fonte sindical explicou que, na zona Centro, em vez de estar em Viseu (como acontece atualmente), a base dos aparelhos da Força Aérea Portuguesa (FAP) fica em Ovar, assim como acontece no caso de Évora – onde está hoje baseado um dos helicópteros que faz emergência médica – que, a manter-se a atual localização do meio da FAP, ficará em Beja.

“Em termos de ‘timings’ a população fica desprotegida porque é totalmente diferente um helicóptero estar em Viseu, se houver algum acidente ou se houver alguma transferência para fazer da Guarda ou de Castelo Branco, do que o helicóptero estar junto à costa”, disse a mesma fonte, acrescentando:”É diferente chegar a um acidente passado 30 minutos, ou chegar passado uma hora, ou uma hora e meia”.

Na altura, a mesma fonte, piloto de profissão, questionou como é que a Força Aérea no ano passado assumiu não ter capacidade para garantir este serviço e agora já tem.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que o transporte aéreo de emergência médica passava a ser assegurado, a partir de terça-feira, por aeronaves e equipas da Força Aérea, até que o concurso público lançado pelo INEM obtenha o visto do Tribunal de Contas.

Nem a FAP nem o INEM responderam às perguntas da agência Lusa sobre quais as características dos helicópteros que vão garantir o serviço de transporte aéreo de emergência a partir de 1 de julho e em que locais ficarão as bases destes aparelhos.

Últimas do País

A Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA) considera que, ao contrário do que acontecia há alguns anos, hoje as pessoas sabem que "não podem e não devem" abandonar os animais, porque "há uma responsabilização".
A situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prolongada até domingo, anunciou hoje a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, após uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Um incêndio em povoamento florestal na serra da Lousã, distrito de Coimbra, acima da localidade de, está a ser combatido por mais de 240 bombeiros, disseram fontes autárquica e da Proteção Civil.
A CP - Comboios de Portugal disse à Lusa que o primeiro dos 22 novos comboios regionais encomendados à Stadler chegará ao país ainda este ano, e que a conclusão dos ensaios de homologação das primeiras automotoras ocorrerá em 2026.
Cerca de 213 bombeiros ficaram feridos este ano em serviço, 112 dos quais nos incêndios rurais das últimas três semanas, segundo um balanço feito hoje pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
Os incêndios florestais consumiriam até hoje cerca de 75.000 hectares, mais de metade ardeu nas últimas três semanas, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apelou hoje à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que seja mais célere a ressarcir as associações humanitárias pelas despesas com combustível e alimentação no combate aos incêndios florestais.
Dois homens de 26 e 22 anos e uma mulher de 24 foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) por indícios da prática de um crime de incêndio florestal, ocorrido numa área protegida de Almada na madrugada de terça-feira.
Perto de 1.900 operacionais estavam hoje, pelas 12:05, empenhados no combate aos cinco mais preocupantes incêndios em destaque na página da Proteção Civil na Internet, e que lavram em Arganil, Viseu, Vila Real, Tabuaço e Trancoso.
O trânsito encontra-se cortado hoje de manhã na Estrada Nacional (EN) 323, nos dois sentidos, entre as localidades de Távora e Granjinha, no distrito de Viseu, devido à ocorrência de fogos rurais na região, segundo a Guarda Nacional Republicana.