Polónia destaca cinco mil militares para fronteiras com Alemanha e Lituânia

A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

© D.R.

Do contingente militar, quatro mil militares serão destacados para a fronteira com a Alemanha e os restantes para as passagens com a Lituânia, como parte do restabelecimento temporário dos controlos fronteiriços para impedir a entrada de migrantes irregulares, segundo disse esta sexta-feira o porta-voz da diplomacia de Varsóvia, Jacek Dobrzyński.

Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, 16 dos quais permanentes, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes. Para atravessar a fronteira polaca será obrigatória a apresentação de um documento de identidade de um país da União Europeia ou de um passaporte, sendo que a entrada só será permitida nos locais descritos nos regulamentos.

A travessia por caminhos ou trilhos florestais, ciclovias e rios é expressamente proibida. Os postos de controlo serão realizados sobretudo por agentes da Guarda de Fronteira, que serão apoiados por militares das Forças de Defesa Territorial e da Polícia Militar em postos de controlo permanentes.

Estes postos utilizarão contentores especiais e os chamados “autocarros Schengen”, veículos adaptados para o trabalho administrativo móvel. Nas estradas, será implementada uma organização especial, reduzindo as vias para uma única faixa e encaminhando o tráfego para áreas de serviço designadas para verificações seletivas de veículos.

Segundo as autoridades, o objetivo é “minimizar os inconvenientes para os polacos, sobretudo os que trabalham na fronteira ocidental”, uma vez que “o Espaço Schengen é uma grande comodidade conquistada nos últimos anos”, segundo Dobrzyński. A decisão de restabelecer os controlos fronteiriços foi anunciada por Varsóvia esta semana.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, explicou na quinta-feira que, há cerca de um mês, “o lado alemão, ao contrário dos últimos dez anos, recusa-se a permitir a entrada no seu território de migrantes, em busca por exemplo de asilo”, e nestes casos, os são expulsos “a todo o vapor” para a Polónia.

De acordo com dados da Guarda de Fronteira, a Polónia registou 15.022 tentativas de travessia irregular na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia entre 1 de janeiro e 29 de junho de 2025, com 412 detenções este ano até junho, um número semelhante ao de todo o ano passado.

A pressão também aumentou significativamente na Lituânia e na Letónia, com aumentos de mais de três e duas vezes, respetivamente, no número de tentativas de entrada. Mais de seis mil militares foram destacados para a fronteira leste com a Bielorrússia durante mais de um ano, além de 4.000 polícias e guardas de fronteira adicionais.

Esta medida foi justificada por Varsóvia com uma vaga migratória proveniente de países orientais orquestrada deliberadamente por Minsk e Moscovo com o objetivo de desestabilizar o leste europeu.

Últimas do Mundo

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou hoje que não há "uma única prova" que ligue o ex-Presidente brasileiro a qualquer tentativa de golpe de Estado e afirmou que o arguido delator "mentiu".
O GPS do avião utilizado pela presidente da Comissão Europeia numa visita à Bulgária foi alvo de interferência e as autoridades búlgaras suspeitam que foi uma ação deliberada da Rússia.
Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2.700 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6 e várias réplicas no leste do Afeganistão na noite de domingo, anunciou hoje o Governo.
Pelo menos três civis morreram e seis ficaram feridos em ataques russos na região ucraniana de Donetsk nas últimas 24 horas, declarou hoje o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, na rede social Telegram.
Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.
O número de fogos preocupantes em Espanha desceu de 12 para nove nas últimas 24 horas, mas "o final" da onda de incêndios deste verão no país "está já muito próximo", disse hoje a Proteção Civil.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou que mísseis russos atingiram hoje a delegação da União Europeia (UE) em Kyiv, na Ucrânia.
O Governo de Espanha declarou hoje zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.
Mais de dois mil milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável em condições de segurança, alertou hoje a ONU num relatório que expressa preocupação com o progresso insuficiente na cobertura universal do fornecimento de água.
O primeiro-ministro israelita saudou hoje a decisão do Governo libanês, que aceitou a proposta norte-americana sobre o desarmamento do Hezbollah, e admitiu retirar as forças de Israel do sul do Líbano.