Argelino ocupa cama de hospital durante sete meses sem documentos

Um imigrante argelino em situação ilegal esteve sete meses a ocupar uma cama no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, mesmo depois de ter alta. Sem documentos e com problemas psicológicos, resistiu à detenção policial. Foi finalmente detido e encaminhado para centro temporário no Porto.

© D.R.

Um homem de 35 anos, de nacionalidade argelina e em situação ilegal em Portugal, esteve a ocupar uma cama no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) durante sete meses, mesmo após receber alta hospitalar. A sua saída só aconteceu à força, depois de ser detido por uma equipa da Brigada de Fiscalização de Estrangeiros da PSP de Coimbra.

Moamed Soudine, que fala português, não colaborou durante a detenção e resistiu à ação policial. Segundo avança o canal NOW, foi algemado enquanto ainda estava na cama da enfermaria Cirúrgica II, com reforço de agentes da PSP. À saída do hospital, tentou ainda impedir a escolta policial, tentando rasteirar os polícias nas escadas.

O argelino deu entrada no CHUC a 17 de janeiro, devido a uma apendicite, que o manteve internado durante seis dias. Recebeu alta no dia 23 de janeiro, mas, devido a problemas psicológicos e à recusa de várias instituições em acolhê-lo, acabou por permanecer na cama do hospital até 7 de julho, quando foi finalmente detido.

Sem documentos de identificação, a investigação revelou que Moamed perdeu o passaporte em Portugal em 2023 e que a sua manifestação de interesse na Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA) foi recusada.

Durante o tempo que esteve em Portugal, adianta o NOW, terá passado pelos distritos de Aveiro, Castelo Branco e Coimbra. Tem antecedentes por pequenos crimes e já foi vítima de agressões com ameaças de morte, possivelmente relacionadas com conflitos locais.

O imigrante foi constituído arguido e, após o primeiro interrogatório no tribunal de Coimbra, foi confirmado o seu estatuto ilegal no país. Foi encaminhado para o Centro de Instalação Temporário de Santo António, perto do aeroporto do Porto, onde poderá ficar até dois meses enquanto o seu processo é avaliado, podendo ser decretada a sua extradição.

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