As forças de segurança constituem a espinha dorsal da ordem social e da estabilidade da República. São, acima de tudo, uma afirmação viva de compromisso com a Nação e patriotismo autêntico. Nesse sentido, cada homem e cada mulher que enverga uma farda carrega consigo não apenas um dever funcional, mas um imperativo moral, que é o de proteger a Vida, garantir a Ordem e preservar a Soberania. A farda que vestem é símbolo de integridade ética, de nobreza de espírito e de coragem quotidiana – e nela se inscreve, de forma eloquente, o sacrifício que assegura o Bem Comum.
Todavia, o reconhecimento institucional que lhes é devido tem sido sistematicamente negado por sucessivos governos, que se têm revelado incapazes de compreender o papel essencial destas forças. Aliás, os últimos anos são testemunho de um desprezo constante, manifestado no progressivo empobrecimento das suas condições de trabalho, nos salários desajustados face à responsabilidade da missão, na ausência de equipamento moderno e digno, na degradação das instalações e, sobretudo, no aumento intolerável das agressões contra agentes da autoridade — algumas das quais fatais — perante o silêncio das instâncias políticas e judiciais.
Esta negligência reiterada, fruto de uma incompetência estrutural e de uma cegueira ideológica persistente, deve envergonhar todos aqueles que, tendo poder, escolheram virar o rosto àqueles que, todos os dias, sem excepção, arriscam a vida pelo bem de todos nós.
Neste contexto, torna‑se evidente que Portugal jamais poderá aspirar a ser um país equilibrado e seguro enquanto persistirem estas falhas gravíssimas. A coesão nacional começa no respeito por quem protege o Estado e os seus cidadãos, e, por isso, é imperioso dotar as forças de segurança de salários justos, condições materiais adequadas, reconhecimento institucional, valorização profissional e protecção jurídica. Esta transformação implica uma ruptura definitiva com o paradigma ideológico dominante, que durante décadas tem condicionado a acção política com preconceitos contra a autoridade, alimentando uma cultura de permissividade, relativismo e desresponsabilização. Em suma, só com coragem política e sentido de dever poderá ser afirmada e implementada uma visão clara de forças de segurança fortes, respeitadas e preparadas para manter a Ordem, proteger os inocentes e garantir a Soberania.
A urgência desta mudança é ainda mais clara quando se observa a actual conjuntura, marcada por uma deterioração acelerada do contexto interno de segurança. Como tem sido tornado claro, Portugal enfrenta hoje ameaças reais, entre as quais a actividade de células terroristas oriundas do Indostão, com ligações transnacionais e capacidade de mobilização ideológica, bem como grupos criminosos oriundos da América do Sul, que estão a fomentar o tráfico de droga, a lavagem de dinheiro e a violência de rua. A estas realidades juntam‑se outras, tais como o aumento do tráfico de seres humanos, o crescimento da delinquência juvenil organizada, a proliferação de armas ilegais, a intensificação da agressividade contra agentes de autoridade e a perda progressiva de controlo sobre zonas inteiras do território nacional. Se não alterarmos, com determinação, o paradigma político e jurídico vigente, estaremos não apenas a hipotecar a segurança, mas a comprometer o próprio futuro da nossa civilização.
É por isso que só o CHEGA está em condições de devolver à Nação a dignidade que merece, com verdade, com coragem e com a firmeza que a História nos exige. Quando chegar a nossa vez – e está para breve – saberemos estar à altura e prontos para dar a Portugal uma nova página, começando pelas nossas Forças de Segurança.