Indiano viola menino de 13 anos em mercearia em Torres Vedras

Um menino de 13 anos foi coagido a entrar na loja onde o agressor trabalha, tendo sido violado à força e ameaçado com arma branca.

© D.R.

Um imigrante de 24 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de, no passado domingo, ter violado um menino de 13 anos numa mercearia, em Torres Vedras. O Folha Nacional sabe que a nacionalidade do suspeito é indiana.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), que recolheu informações a partir das declarações da PJ, o “suspeito coagiu a criança a entrar no estabelecimento comercial onde trabalha e, aí, consumou a violação, recorrendo à força física e munido de uma arma branca”.
O caso ficou conhecido pois, após o crime, o menor relatou os factos à mãe, que o acompanhou à unidade hospitalar local, de “onde foi encaminhado para um hospital de referência, em Lisboa, confirmando-se a violação”.
“Não podemos continuar a viver num país onde uma criança é violada e o agressor sai com pena suspensa ou em liberdade condicional. Isto é uma afronta à Justiça, às vítimas e às famílias portuguesas”, começa por dizer o líder do segundo maior partido.
Para André Ventura, “quem abusa sexualmente de uma criança deve ser condenado a pena de prisão efetiva, sem exceções, e, nos casos mais graves, deve ser ponderada a castração química. Tolerância zero.”
De acordo com o JN, que cita a Polícia Judiciária, as “diligências investigatórias no local da ocorrência dos factos e a recolha de prova, por parte do Laboratório de Polícia Científica, permitiram obter prova material relevante, que indicia fortemente o homem, de 24 anos, como o autor da violação.”
Segundo o JN, o detido foi apresentado a primeiro interrogatório judicial e ficou em prisão preventiva.
“É preciso endurecer as penas para crimes sexuais contra menores, incluindo a possibilidade de prisão perpétua ou, no mínimo, longas penas sem liberdade antecipada”, frisa Ventura, salientando que “é vergonhoso que o sistema judicial continue a proteger os direitos dos criminosos em vez dos direitos das vítimas. Os portugueses exigem segurança e justiça rápida.”
O CHEGA e o seu Presidente André Ventura sublinham a necessidade de medidas duras no combate às violações em Portugal. O líder da oposição afirmou que “temos assistido nos últimos dias a algo preocupante” e reivindicou políticas mais robustas face ao aumento dos casos registados.
Assim, o partido propõe alterações legislativas que incluam pena de prisão efetiva obrigatória para violações, sem recurso a suspensão ou liberdade condicional; aumento das molduras penais, com violação a passar a ser punida entre seis a doze anos, e possibilidade de prisão perpétua nos casos mais graves; introdução da castração química ou física para condenados por abusos sexuais de menores, como medida dissuasora.
Ventura justificou que tais medidas evitariam a “impunidade crescente” e constituiriam uma defesa eficaz das vítimas. Em debates parlamentares, defendeu ainda que “quem comete crimes contra menores não tem lugar em Portugal”.
André Ventura reforça que o CHEGA continuará a pressionar no Parlamento por estas alterações penais, criticando o que descreve como uma “legislação branda” que permite penas demasiado leves em crimes sexuais contra menores, incluindo a tipificação de prostituição de menores em alternativa a violação, o que reduz a moldura penal.
“É preciso endurecer as penas para crimes sexuais contra menores, incluindo a possibilidade de prisão perpétua ou, no mínimo, longas penas sem liberdade antecipada”, reforça o Presidente do CHEGA.
“Portugal não pode ser um refúgio para predadores. Se forem estrangeiros, defendemos que, após cumprirem pena, sejam imediatamente expulsos do país. Quem viola uma criança não merece a proteção do Estado português e deve voltar para o país de onde veio”, conclui. O homem foi encontrado morto na cela em Lisboa.

Violação passa a crime público

A Assembleia da República aprovou, no passado dia 11 de julho, na generalidade, um projeto de lei que consagra a violação como crime público, permitindo que qualquer pessoa possa denunciar este tipo de crime, independentemente da vontade da vítima. A medida, há muito reivindicada por setores da sociedade civil, foi amplamente aprovada, contando com os votos favoráveis do PSD, CHEGA, IL, Livre, CDS-PP, BE, PAN e JPP, bem como de 12 deputados do PS. Os grupos parlamentares do PS e do PCP abstiveram-se.
O CHEGA votou a favor do diploma, mas considera a medida insuficiente: “Este é um passo importante, mas não chega. A violação de uma criança, de uma mulher ou de qualquer pessoa deve ter resposta imediata e dura da Justiça portuguesa. É por isso que o CHEGA continuará a lutar por penas mais pesadas”, afirmou Ventura e concluiu: “A Justiça portuguesa não pode continuar a ser branda com predadores. A violação tem de deixar de ser um crime escondido, subestimado e relativizado. É tempo de os criminosos começarem a temer o Estado.”
Para o partido, a criminalização pública é necessária, mas deve ser acompanhada de reformas estruturais, incluindo: revisão do Código Penal para garantir penas mínimas mais severas; impedimento da suspensão de pena em casos de violação; criação de um registo público de agressores sexuais; deportação automática de cidadãos estrangeiros condenados por crimes sexuais, após o cumprimento da pena.

Últimas do País

O Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) acusou hoje a TAP e a Azores Airlines de violarem normas do Espaço Schengen em voos nacionais, obrigando as autoridades a realizarem controlos a todos os passageiros.
O setor dos centros de dados irá contribuir com 3,7 mil milhões de euros para o produto interno bruto (PIB) de Portugal em 2031, segundo um estudo da Portugal DC com a Pb7 Research.
A proibição de captura de tamboril por esgotamento da quota nacional ficou sem efeito face à perspetiva de concretizar uma troca de quotas com Espanha, anunciou hoje a Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).
O Tribunal Judicial de Leiria condenou hoje um jovem na pena única de 10 anos de prisão por crimes sexuais contra a irmã menor.
Oito pessoas ficaram esta terça-feira feridas na sequência de um ataque com arma branca ocorrido nas instalações da Associação Picapau, um centro de tratamento de toxicodependência localizado em Almoster, no concelho de Santarém, informou fonte da Proteção Civil.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) revelou hoje que instaurou um inquérito para investigar o caso do bebé que nasceu na receção da urgência do Hospital Santos Silva, na Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE).
O Passe Ferroviário Verde representou mais de 13 milhões de euros de receita para a CP no primeiro ano em vigor, 120.000 novos clientes de passe e cerca de 650.000 títulos vendidos, avançou hoje o Governo.
A PSP anunciou hoje que desmantelou na Grande Lisboa uma organização criminosa “altamente sofisticada e perigosa" numa operação em que apreendeu a maior quantidade de droga de sempre e em que a investigação cumpriu “todos os protocolos” com a PJ.
Professores entregaram esta semana no parlamento mais de 24 mil assinaturas a exigir a contagem integral de serviço e reposição na carreira de milhares de profissionais, à semelhança do que já aconteceu com outros docentes.
As autoridades detetaram mais de 23.700 infrações rodoviárias na semana da campanha 'Viajar sem Pressa', mais de metade das quais por excesso de velocidade, segundo o balanço divulgado esta terça-feira.