Quatro pessoas foram dadas como mortas no local do ataque e duas num hospital, onde se encontravam também oito feridos, cinco dos quais em estado grave, noticiou o jornal The Times of Israel, citado as organizações de socorro.
O balanço inicial era de cinco mortos.
A polícia israelita disse num comunicado que os dois atacantes foram abatidos por um membro das forças de segurança e um civil armado que estavam na zona.
As autoridades de Israel consideraram tratar-se de um dos ataques mais mortíferos na cidade desde o início da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo extremista palestiniano Hamas, em outubro de 2023.
O ataque ocorreu à entrada do bairro de Ramot, na zona ocupada e anexada por Israel em Jerusalém, que foi visitada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Israel “está numa enorme guerra contra o terrorismo em todas as frentes”, afirmou Netanyahu depois de inspecionar o local do ataque, citado pelo The Times of Israel.
Netanyahu prometeu uma resposta ao ataque e disse que as forças de segurança impediram muitos ataques, mas não o de hoje.
“O Shin Bet [serviços de segurança interna] e as Forças de Defesa de Israel impediram centenas [de ataques] e a polícia também desmantelou centenas este ano, mas infelizmente não hoje”, lamentou.
“Infelizmente, a guerra continua em Jerusalém e na Judeia e Samaria [nome bíblico da Cisjordânia], onde agimos com grande força”, disse Netanyahu, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, lamentou que “civis inocentes, mulheres, homens e crianças tenham sido brutalmente assassinados a sangue frio e feridos num autocarro pelas mãos de terroristas malignos e vis”.
“Este ataque chocante lembra-nos mais uma vez que estamos a lutar contra um mal absoluto. O mundo deve compreender o que enfrentamos e que o terrorismo nunca nos derrotará”, acrescentou.
O Hamas aplaudiu num comunicado a “heroica operação” realizada por “dois combatentes da resistência palestiniana”.
“Afirmamos que esta operação é uma resposta natural aos crimes da ocupação [Israel] e à guerra de extermínio que se abate sobre o nosso povo”, afirmou o movimento islamita.
O Hamas advertiu que o ataque “é uma mensagem clara” de que os planos de Israel “para ocupar e destruir a cidade de Gaza e profanar a mesquita de Al Aqsa”, na Esplanada das Mesquitas, “não ficarão impunes”, segundo o jornal palestiniano Filastin.
A Jihad Islâmica, outro grupo extremista que opera em Gaza, também elogiou a “operação qualitativa por parte de dois combatentes da resistência”, que disse tratar-se de “uma resposta natural ao aumento das políticas criminosas da entidade israelita”.
“Lamentamos a morte dos responsáveis pela operação e elogiamos o seu heroísmo. Pedimos ao nosso povo na Palestina que intensifique a resposta aos crimes do exército da entidade”, acrescentou, em referência a Israel.
As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007.
A ofensiva seguiu-se ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
Israel, que anunciou uma operação para tomar a cidade de Gaza, no norte do enclave, tem sido acusado de genocídio e de usar da fome como arma de guerra, que nega.
A ONU declarou em agosto uma situação de fome no norte de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.