Número de mortos em ataque em Jerusalém sobe para seis

O ataque de hoje contra um autocarro em Jerusalém causou seis mortos e vários feridos, segundo um novo balanço das autoridades israelitas.

© Facebook de Israel Reports

Quatro pessoas foram dadas como mortas no local do ataque e duas num hospital, onde se encontravam também oito feridos, cinco dos quais em estado grave, noticiou o jornal The Times of Israel, citado as organizações de socorro.

O balanço inicial era de cinco mortos.

A polícia israelita disse num comunicado que os dois atacantes foram abatidos por um membro das forças de segurança e um civil armado que estavam na zona.

As autoridades de Israel consideraram tratar-se de um dos ataques mais mortíferos na cidade desde o início da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo extremista palestiniano Hamas, em outubro de 2023.

O ataque ocorreu à entrada do bairro de Ramot, na zona ocupada e anexada por Israel em Jerusalém, que foi visitada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Israel “está numa enorme guerra contra o terrorismo em todas as frentes”, afirmou Netanyahu depois de inspecionar o local do ataque, citado pelo The Times of Israel.

Netanyahu prometeu uma resposta ao ataque e disse que as forças de segurança impediram muitos ataques, mas não o de hoje.

“O Shin Bet [serviços de segurança interna] e as Forças de Defesa de Israel impediram centenas [de ataques] e a polícia também desmantelou centenas este ano, mas infelizmente não hoje”, lamentou.

“Infelizmente, a guerra continua em Jerusalém e na Judeia e Samaria [nome bíblico da Cisjordânia], onde agimos com grande força”, disse Netanyahu, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, lamentou que “civis inocentes, mulheres, homens e crianças tenham sido brutalmente assassinados a sangue frio e feridos num autocarro pelas mãos de terroristas malignos e vis”.

“Este ataque chocante lembra-nos mais uma vez que estamos a lutar contra um mal absoluto. O mundo deve compreender o que enfrentamos e que o terrorismo nunca nos derrotará”, acrescentou.

O Hamas aplaudiu num comunicado a “heroica operação” realizada por “dois combatentes da resistência palestiniana”.

“Afirmamos que esta operação é uma resposta natural aos crimes da ocupação [Israel] e à guerra de extermínio que se abate sobre o nosso povo”, afirmou o movimento islamita.

O Hamas advertiu que o ataque “é uma mensagem clara” de que os planos de Israel “para ocupar e destruir a cidade de Gaza e profanar a mesquita de Al Aqsa”, na Esplanada das Mesquitas, “não ficarão impunes”, segundo o jornal palestiniano Filastin.

A Jihad Islâmica, outro grupo extremista que opera em Gaza, também elogiou a “operação qualitativa por parte de dois combatentes da resistência”, que disse tratar-se de “uma resposta natural ao aumento das políticas criminosas da entidade israelita”.

“Lamentamos a morte dos responsáveis pela operação e elogiamos o seu heroísmo. Pedimos ao nosso povo na Palestina que intensifique a resposta aos crimes do exército da entidade”, acrescentou, em referência a Israel.

As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007.

A ofensiva seguiu-se ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Israel, que anunciou uma operação para tomar a cidade de Gaza, no norte do enclave, tem sido acusado de genocídio e de usar da fome como arma de guerra, que nega.

A ONU declarou em agosto uma situação de fome no norte de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

Últimas do Mundo

A polémica explode poucos dias antes da abertura da primeira loja física da gigante asiática Shein em Paris. Bonecas sexuais com aparência de crianças, com cerca de 80 centímetros e representadas a segurar peluches, colocaram a marca sob fogo cerrado.
Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave, após um condutor atropelar deliberadamente peões em vários locais de Île d’Oleron, no oeste da França, antes de ser detido, declarou hoje o Ministério Público local.
A Comissão Europeia quer a União Europeia (UE) ligada por linhas ferroviárias de alta velocidade até 2040, incluindo a ligação entre Lisboa e Madrid, e criar um único bilhete intermodal para combinar diferentes empresas e modos de transporte.
Cerca de 120 mil pessoas permanecem abrigadas em centros de evacuação ou com familiares em Cuba, após a passagem do furacão Melissa pela costa leste da ilha, na quarta-feira passada, segundo dados preliminares.
Um britânico de 32 anos foi esta segunda-feira, 3 de novembro, acusado por tentativa de homicídio durante um ataque num comboio no sábado que resultou em 11 feridos, um dos quais continua em estado grave, anunciou a polícia.
A rede social LinkedIn começou esta segunda-feira a usar dados dos utilizadores para treinar o seu modelo de inteligência artificial (IA), mas existem medidas para impedir essa recolha, incluindo um formulário e a desativação nas definições de privacidade da plataforma.
O presidente do governo da região espanhola de Valência, Carlos Mazón, demitiu-se hoje do cargo, reconhecendo erros na gestão das cheias que mataram 229 pessoas em 29 de outubro de 2024.
Os países da OCDE, como Portugal, receberam, nos últimos 25 anos, mais de metade de todos os migrantes internacionais do mundo, avança um relatório hoje divulgado.
Um em cada cinco médicos e enfermeiros a trabalhar nos sistemas de saúde dos 38 países-membros da OCDE, como Portugal, é migrante, avança um relatório hoje divulgado pela organização.
Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026, segundo a sondagem de expetativas de outono apresentada hoje pelo Instituto da Economia, próximo do patronato germânico.