O líder do CHEGA acompanhou o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Albufeira, o deputado Rui Cristina, numa visita ao Mercado Municipal dos Caliços, no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de dia 12. Estiveram também presentes o líder parlamentar, e candidato à câmara de Faro, Pedro Pinto, e o líder da distrital e candidato a Portimão, João Paulo Graça.
Numa das bancas da fruta, surgiu a oportunidade para fazer uma analogia com a política nacional.
“Vamos ter de abrir para ver, espero que eles no dia 12 fiquem com um grande melão e lhes possa oferecer um grande melão. Sobretudo o PS e o PSD, acho que vão ficar com um grande melão. Vamos ficar um com grande peso na balança, que é governar o país”, declarou, de forma animada.
Aos jornalistas, André Ventura disse ser “incrível o apoio popular que se sente, a incrível energia que se sente e o incrível entusiasmo que se sente” no Algarve, que é “uma das grandes apostas” do partido.
“Estou mesmo convencido de que este vai ser um dos locais para celebrar no dia 12 e que vamos ter aqui uma grande vitória”, afirmou.
André Ventura disse também que quer mostrar ao país que o CHEGA “é capaz de governar uma autarquia” e não “tem medo desse desafio”.
Na ocasião, o líder do CHEGA quis referir-se também à decisão do Tribunal de Instrução Criminal do Porto de libertar os suspeitos de agressões a um casal num supermercado em Valongo, no distrito do Porto.
André Ventura criticou a decisão e anunciou que o partido vai apresentar uma proposta no parlamento para que em “casos de barbaridade, de crueldade, em que o resultado é a lesão física, a lesão grave da integridade física, a regra seja a prisão preventiva, e não ficarem em liberdade”.
“Eu sei que há separação de poderes, eu sei que cada um tem que fazer o seu trabalho. Se queremos mesmo resolver o problema da segurança, um dos pontos é, em alguns tribunais do país, quem tem que aplicar a lei perceber que deixar vir para a rua pessoas que barbaramente quase assassinaram outra pessoa e a deixaram desfigurada num ataque em grupo não é um bom sinal de justiça, não é um bom sinal de querer resolver os problemas de segurança”, defendeu.
Questionado se há “maus juízes” em Portugal, Ventura respondeu: “Eu não diria isso, eu diria que há uma cultura em Portugal de permitir esta impunidade”, argumentando que quem comete estes crimes “não tem nenhuma motivação para não voltar a fazê-lo”.
À chegada ao mercado, o líder do CHEGA era esperado por muitos jovens, alguns dos quais ainda sem idade para votar, que queriam tirar uma fotografia. Alguns até faltaram às aulas para o ver, e pediram a André Ventura que gravasse um vídeo para apresentarem na escola na tentativa de justificar a falta.
O líder do CHEGA acedeu aos pedidos, confirmando nos vídeos que os jovens se encontravam ali, numa ação de campanha, mas deixou recados sobre a importância de frequentar a escola.
“Ir às aulas é importante. Eu só sou assim quem sou porque fui às aulas”, disse a um deles.
Antes de seguir caminho para Faro, houve ainda uma visita ao autocarro alusivo à candidatura, decorado com a fotografia do candidato e do presidente.