Segundo o Fiscal Monitor, a dívida pública global poderá atingir, em 2029, o nível mais alto desde 1948, o que “reflete uma trajetória mais alta e íngreme do que a projetada antes da pandemia”.
O FMI destaca também que a “distribuição de riscos é ampla e tende a uma acumulação de dívida ainda mais rápida”.
Os indicadores como o saldo orçamental e o rácio da dívida pública diferem bastante entre os países, mas muitas das principais economias têm dívida pública superior a (ou projetada para ultrapassar) 100% do PIB.
“Embora o número de países com dívida acima de 100% esteja a diminuir consistentemente nos próximos cinco anos, a participação no PIB mundial deverá aumentar”, sendo que inclui países como Canadá, China, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
“Em contraste, muitos mercados emergentes e países de baixos rendimentos enfrentam desafios orçamentais mais difíceis, apesar da sua dívida relativamente baixa”, lê-se no prefácio do relatório, assinado por Vítor Gaspar e Rodrigo Valdés, diretores do departamento de Finanças Públicas do FMI.
Neste cenário, a instituição alerta que “priorizar a política orçamental é essencial para apoiar a sustentabilidade da dívida e preparar reservas orçamentais para uso em caso de choques adversos severos, incluindo crises financeiras”.