Portugal mais perigoso: já houve mais casos de homicídios do que em todo o ano passado

Com 94 homicídios desde janeiro — mais do que os 89 de 2024 —, Portugal enfrenta uma escalada de crimes violentos. Dois estrangeiros foram mortos na Grande Lisboa na última quarta-feira, e a PJ já deteve um dos suspeitos.

© D.R.

Portugal contabiliza já pelo menos 94 homicídios desde o início de 2025, ultrapassando os 89 casos registados em todo o ano de 2024, segundo dados das autoridades. Só na passada quarta-feira ocorreram duas mortes violentas na Área Metropolitana de Lisboa, ambas envolvendo cidadãos estrangeiros. A Polícia Judiciária deteve um jovem de 23 anos, suspeito de envolvimento numa das ocorrências.

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), citado pelo Jornal de Notícias, os números confirmam a tendência dos últimos anos: 90 homicídios em 2023 e 89 em 2024. Com dois meses e meio por decorrer até ao final do ano, o ritmo atual poderá tornar 2025 num dos anos mais violentos da última década, com muitos crimes cometidos com recurso a armas brancas ou de fogo.

Uma das mortes ocorreu em Cascais, onde um turista norte-americano de 35 anos foi esfaqueado mortalmente ao tentar socorrer um amigo que tinha sido agredido momentos antes. A primeira vítima, também norte-americana, de 33 anos, terá sido abordada por três homens na via pública, alegadamente de forma provocatória, acabando por ser agredida com violência. Ao receber o pedido de ajuda, o amigo deslocou-se ao local, sendo atingido com golpes de faca nas costas, num braço e no rosto, que lhe provocaram a morte.

A Polícia Judiciária confirmou que o ataque teve origem numa discussão por motivos aparentemente fúteis, durante a qual o agressor recorreu a uma arma branca guardada no interior de um automóvel. Os outros dois envolvidos foram identificados e deverão ser acusados de agressões.

O segundo homicídio foi registado em Lisboa, na zona do Casal Ventoso, onde um cidadão irlandês de 26 anos foi encontrado com ferimentos graves na cabeça, caído na via pública. A PSP isolou o local para recolha de indícios que permitam esclarecer as circunstâncias do crime.

Ainda na madrugada de ontem, dois homens foram baleados em ocorrências distintas no concelho da Amadora — um na Cova da Moura e outro na Estrada Militar, tendo este último sido atingido por disparos de caçadeira. Num terceiro incidente, um jovem de 23 anos deu entrada no Hospital Amadora-Sintra com ferimentos de bala nas pernas e num braço.

As autoridades investigam se os casos poderão estar relacionados entre si, num contexto de escalada recente de violência armada na região.

Últimas do País

Seis pessoas morreram no despiste de um veículo ligeiro, na madrugada deste domingo, na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, que se incendiou após o embate. As vítimas serão jovens com idades entre os 18 e os 20 anos, avança a RTP.
Um pequeno incêndio deflagrou, na manhã de sábado, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, obrigando à transferência de dois doentes para outras unidades de saúde.
Os proprietários de imóveis com um IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) superior a 100 euros têm até hoje para pagar a última prestação deste imposto.
O preço da farinha e do açúcar tem vindo a baixar desde o início do ano, mas o valor dos ovos deverá encarecer os doces de Natal, ao registar, desde o início do ano, um aumento de quase 32%.
Cerca de 20% das 2.331 vagas abertas para os novos médicos escolherem a especialidade ficaram por preencher, anunciou hoje a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), alertando para a incapacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em fixar esses profissionais.
O Banco Alimentar Contra a Fome (BA) começa hoje uma nova campanha de recolha de alimentos, em 2 mil lojas e com a ajuda de mais de 41 mil voluntários, apelando “à partilha de alimentos com quem mais precisa”.
A TAP está a atualizar o ‘software’ de controle de voo dos seus aviões A320, após problemas detetados pela Airbus, mas com “impacto reduzido” na operação e sem necessidade de cancelamentos, avançou hoje à Lusa fonte oficial da companhia.
O médico Miguel Alpalhão, que recebeu mais de 700 mil euros em três anos de cirurgias adicionais no Hospital de Santa Maria (Lisboa), foi suspenso de funções com perda total de vencimento.
Os maiores aumentos registaram-se entre mulheres asiáticas, sobretudo oriundas do Bangladesh, que ocupou o segundo lugar no número de episódios nos dois anos analisados.
Um bebé de apenas um ano deixou de respirar nos braços do pai, em Loures, mas a tragédia foi evitada por um agente da PSP que, em poucos segundos, conseguiu reanimá-lo.