De acordo com o mesmo jornal, os batismos são realizados por voluntários da Carelinks Ministries, uma organização cristã registada como instituição de caridade e associada aos Cristadelfianos — uma pequena corrente religiosa que rejeita dogmas centrais do cristianismo tradicional, como a Santíssima Trindade.
Os voluntários deslocam-se a quartos de hotel onde se encontram alojados requerentes de asilo com apoio do Estado britânico e realizam as cerimónias de conversão, submergindo os imigrantes em banheiras cheias de água. Duncan Heaster, um dos responsáveis da organização, confirmou ao jornal que conduziu vários destes batismos em Londres e noutras cidades do país.
“Não me interessa se o fazem para ficar no país ou não. Eu apenas batizo quem o solicita”, afirmou.
Chris Philp, ministro do Interior no governo-sombra, classificou a situação como “insana” e apelou à reformulação urgente do sistema de asilo. “Batizar imigrantes ilegais numa banheira é um sinal claro de que perdemos o controlo. O processo está a ser abusado numa escala industrial”, afirmou, defendendo que as conversões religiosas feitas no Reino Unido deixem de ser consideradas como critério válido para a concessão de asilo.
O Ministério do Interior britânico reforçou que a simples conversão religiosa não garante automaticamente o estatuto de refugiado e que cada caso é analisado individualmente.