Juros dos depósitos de particulares estabilizam em setembro após 20 meses a cair

A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares manteve-se nos 1,34% em setembro, interrompendo um ciclo de 20 meses de descidas, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

© D.R.

Segundo o supervisor bancário, em setembro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares manteve-se nos 1,34%, o mesmo valor de agosto, interrompendo um ciclo de queda que durava desde janeiro de 2024 e que levou esta taxa até ao valor mais baixo desde abril de 2023.

A remuneração atual dos depósitos a prazo pelos bancos portugueses é a mais baixa desde abril de 2023 (1,14%) e traduz uma quebra de 1,74 pontos percentuais desde dezembro de 2023, mês em que tinha atingido 3,08%, o valor mais elevado desde julho de 2012.

De acordo com os dados do BdP, no final de setembro, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 773 milhões de euros, totalizando 12.013 milhões de euros.

A taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até um ano subiu 0,01 pontos percentuais para 1,35%, tendo representado 94% dos novos depósitos em setembro.

No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média dos novos depósitos aumentou 0,03 pontos percentuais, para 1,78%, tendo Portugal caído um lugar entre os países da área do euro, apresentando a quarta taxa mais baixa.

Relativamente às empresas, a remuneração média dos novos depósitos a prazo passou de 1,62% em agosto para 1,66% em setembro, aumentando pela primeira vez desde abril de 2024.

Estas novas operações de depósitos totalizaram 9.736 milhões de euros, mais 1.795 milhões do que em agosto, tendo os depósitos a prazo até um ano representado 99,0% dos novos depósitos a prazo de empresas.

Últimas de Economia

Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.