Em Portugal, falar de pensões é falar daqueles que trabalharam uma vida inteira, contribuíram para o país, construíram riqueza, pagaram impostos e que hoje recebem reformas que, muitas vezes, não chegam sequer para pagar renda e comida. E não poderemos esquecer os antigos combatentes, é inaceitável que quem serviu a Pátria viva agora com pensões de miséria e reconhecimento apenas simbólico.
Todos os anos, nos Orçamentos do Estado, ouvimos os mesmos discursos triunfais, “as pensões vão subir”. Na prática, o que se vê é uma atualização mínima, que mal acompanha a inflação.
Em Portugal, 1 em cada 5 idosos vive em risco de pobreza. A pobreza na velhice esta normalizada.
Depois, apresentam o Complemento Solidário para Idosos (CSI) como se de grande avanço na justiça social se tratasse. Na verdade, trata-se de uma esmola a quem não tem o que merece.
Se as pensões base fossem justas e suficientes, não seria preciso complemento solidário. O CSI é em si o reconhecimentos do fracasso das politicas dos últimos anos. Portugal cobra impostos de país rico, a questão que se coloca é onde são gastos, fundações, consultores, direções gerais duplicadas, empresas públicas falidas, administrações partidárias e subsídios a quem acabou de chegar.
Portugal não pode continuar a tratar melhor quem chega ontem do que quem nasceu, viveu, trabalhou e contribuiu aqui durante 40 anos. A solução é simples e honesta, aumentar as pensões mínimas para valores que garantam vida digna, reduzindo a dependência de complementos e subsídios.
Por isso, o CHEGA exige aumento das pensões com carácter urgente (1.5% das pensões ate 1527,50) e um plano plurianual para que a pensão mínima contributiva atinja o salário mínimo nacional até 2028. É vergonhoso que alguém que contribuiu toda a vida receba menos que o salário mínimo.
Um país mede-se por como trata os seus idosos. Hoje, Portugal falha. E é obrigação de quem está na política corrigir esta injustiça sem hesitação.