Meloni rejeita que migrações cubram risco de colapso demográfico

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, defendeu hoje que a quebra na taxa de natalidade provocará um "colapso total" no Ocidente, rejeitando que a imigração possa compensar esta tendência demográfica.

©facebook/giorgiameloni

“Os países desenvolvidos caminham para um colapso total. Temos de olhar para as causas. A demografia é o desafio em letras maiúsculas”, disse Meloni aos participantes na Cimeira Demográfica, que se realiza em Budapeste, entre hoje e sexta-feira, e que tem como tema principal a família, e na qual participam líderes ultraconservadores e de direita radical.

A Itália é um dos países europeus onde a taxa de natalidade é mais baixa, com apenas 1,24 filhos por mulher, abaixo da média europeia de 1,56.

A chefe do Governo italiano acrescentou que estes dados são preocupantes e colocam em risco valores fundamentais, como a identidade nacional.

Na nossa luta devemos defender a família, Deus e todos os elementos que constituem a nossa civilização, e não devemos cair na ideia de que quem fala destes temas é retrógrado”, argumentou Meloni, que rejeitou a ideia de que a imigração pode ser a solução para esta tendência.

“Os imigrantes podem fazer a sua parte, mas é mais importante que os cidadãos entendam que este não é o nosso futuro”, defendeu a chefe de Governo italiana, que aproveitou para pedir à União Europeia (UE) para que “tome medidas atempadas” no domínio da demografia.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).