CHEGA alerta para o aumento do tráfico de droga na região

O cabeça de lista do CHEGA às legislativas da Madeira, Miguel Castro, destacou hoje o facto de o partido ter sido o único a votar contra a nova lei da droga e alertou para o aumento do tráfico na região.

© Folha Nacional

“Nós aqui, na Madeira, temos uma sensibilidade se calhar mais acrescida do que no resto do país, porque a Madeira, infelizmente, é a região do país que mais sobressai neste cenário degradante para a sociedade, um cenário que realmente afeta muitas famílias”, disse.

Miguel Castro falava numa ação de campanha, no Funchal, que consistiu na instalação de um ‘outdoor’ numa rotunda, na freguesia de São Martinho, com a indicação de que o CHEGA é “o único partido contra a legalização das drogas”.

O líder nacional, André Ventura, esteve presente e sublinhou que o CHEGA solicitou a todos os partidos na Assembleia da República que peçam a fiscalização sucessiva do diploma ao Tribunal Constitucional.

Já o cabeça de lista às legislativas de 24 de setembro, também líder da estrutura regional do partido, revelou ter recebido apelos de famílias madeirenses no sentido de que a lei seja alterada.

“Conhecendo a realidade no terreno, ‘in loco’, acabamos por ter uma sensibilidade maior. Acho que faz todo o sentido rever isto. Acho que os partidos, se calhar mais tarde, haverão de chegar à conclusão que há que haver uma revisão”, disse, sublinhando que até as forças de segurança sentem agora uma “enorme dificuldade” em fiscalizar a situação.

A nova lei da droga que descriminaliza as drogas sintéticas e faz uma nova distinção entre tráfico e consumo foi aprovada em 19 de julho, na sequência de dois projetos de lei do PSD e do PS, e recebeu os votos a favor do PS, IL, BE, PCP, PAN e Livre, contra do CHEGA e a abstenção do PSD e dos deputados socialistas Maria da Luz Rosinha, Carlos Brás, Rui Lage, Fátima Fonseca, Catarina Lobo, Maria João Castro, Tiago Barbosa Ribeiro, António Faria e Joaquim Barreto.

O diploma determina que se a aquisição e a detenção das plantas, substâncias ou preparações, exceder “a quantidade necessária para o consumo médio individual durante o período de 10 dias constitui indício de que o propósito pode não ser o de consumo”.

“O que vai acontecer é que os traficantes vão usar os consumidores para traficar”, alertou Miguel Castro, que é funcionário público e empresário no setor da restauração e atividades turísticas.

Em junho, a PSP do arquipélago indicou à Lusa que, nos últimos seis anos, “o número de novas substâncias psicoativas apreendidas tem apresentado um aumento de ano para ano”, quer no número de apreensões, quer nas quantidades.

Nas legislativas da Madeira há 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, CHEGA, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.

O CHEGA foi alvo de dois recursos que pretendiam inviabilizar a sua candidatura, mas o Tribunal Constitucional indeferiu ambos.

Os dois queixosos (o partido ADN e um militante do CHEGA) reclamavam que a candidatura não fosse admitida, considerando o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 520/2023, que declarou inválida a V Convenção Nacional do CHEGA.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Nesse ano, o Chega reuniu apenas 762 votos, mas agora Miguel Castro diz que o objetivo é “só parar na assembleia”.

Últimas de Política Nacional

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.
Isaltino Morais inaugurou o seu terceiro mandato em Oeiras com uma gala de posse de quase 75 mil euros, realizada na Cidade do Futebol e paga com dinheiro público. A cerimónia, digna de evento corporativo, levantou dúvidas sobre a legalidade do contrato relâmpago com a FPF Events.
A morte de Umo Cani e da sua filha recém-nascida no Hospital Amadora-Sintra tornou-se o símbolo do caos no SNS. Entre falhas informáticas, demissões e promessas adiadas, a ministra da Saúde recusa abandonar o cargo. Do outro lado, André Ventura dispara contra o Governo, exigindo responsabilidades políticas e denunciando o “abandono dos portugueses pelo Estado”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou, esta quinta-feira, que os cartazes da campanha presidencial de André Ventura, com as mensagens 'Isto não é o Bangladesh' e 'Os ciganos têm de cumprir a lei', não configuram qualquer “ilícito eleitoral”.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, desafiou hoje Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, seus adversários na corrida a Belém, para um debate centrado no tema da saúde.
A PAPT - Associação Public Affairs Portugal pretende sensibilizar os candidatos presidenciais para a urgência de regulamentar a representação de interesses ('lobbying'), caso o diploma em análise no parlamento fique a aguardar a chegada de um novo inquilino a Belém.
O candidato a Belém André Ventura acusou hoje o Presidente da República de ter condicionado a aprovação das novas leis de estrangeiros e da nacionalidade e criticou-o pelo silêncio sobre a situação na saúde.
Apesar de o PS ter vencido as eleições autárquicas, Jorge Novo foi derrubado da presidência da Assembleia Municipal de Bragança, com Eduardo Malhão, do PSD, a assumir o cargo graças aos votos dos presidentes de junta.