Lacerda Sales garante que não marcou qualquer consulta no SNS

O ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu hoje que não marcou qualquer consulta no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para as gémeas luso-brasileiras, considerando que se continua no "campo das suspeições e indefinições".

© gov.pt

“Não marquei nenhuma consulta no SNS e, por isso, estou perfeitamente tranquilo relativamente a esta questão. Começaram por dizer que teria sido eu a marcar uma consulta, já perceberam que eu não marquei uma consulta, depois haveria um email e não apareceu nenhum email. Já pedi os documentos várias vezes e não aparece nenhum email. Agora aparece um telefonema, gostaria de ter documentos que confirmassem e comprovassem isso, porque senão continuamos no campo das suspeições e indefinições”, afirmou António Lacerda Sales, em declarações à rádio Antena 1.

A reação do ex-secretário de Estado da Saúde surge após a presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Ana Paula Martins, ter avançado no parlamento com a auditoria interna ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no hospital de Santa Maria (Lisboa), que concluiu que a marcação de uma primeira consulta pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras.

Segundo o relatório da auditoria interna pedida pelo Conselho de Administração (CHULN), citado por Ana Paula Martins, os controlos internos de admissão, tratamento e monitorização dos tratamentos a crianças com atrofia muscular espinhal entre 2019 e 2023 foram respeitados, à exceção da “referenciação de dois doentes para a primeira consulta de neuropediatria”.

Lacerda Sales sublinhou que Ana Paula Martins “nunca referiu a existência de qualquer favorecimento” e indicou que “todas as crianças para serem sujeitas à administração do medicamento têm de cumprir com requisitos legais, além de que foram os próprios médicos que acederam receber as crianças em consulta”.

“Diria que há aqui muitos factos por esclarecer, a maioria dos quais eu também não conheço porque ainda não tive acesso aos documentos. Mas hoje ficou bem patente uma coisa que não fui eu que marquei a consulta garantidamente, dizem que é da Secretaria de Estado, eu preciso de saber quem, como, onde e porquê”, precisou.

O ex-governante disse ainda que não sabe quem do seu gabinete tivesse feito essa diligência.

Últimas de Política Nacional

A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social)pediu hoje ao Governo que coloque no centro da ação governativa seis reformas, entre as quais da Segurança Social, fiscal ou da administração pública.
Uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF revela que 74 % dos portugueses são a favor da redução do número de deputados na Assembleia da República.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.
Governo admite que nos próximos meses podem entrar mais de 500 mil imigrantes devido ao reagrupamento familiar, contrariando as suas promessas de controlar a imigração. Ventura considera “inaceitável”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje a União Europeia como parceiro essencial para a paz no espaço alargado que a circunda e apelou à Rússia para que volte ao concerto das nações.
O líder do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o ataque ao ator Adérito Lopes, mas criticou o Presidente da República e o primeiro-ministro por criticarem uns tipos de violência e ficarem em silêncio perante outros.
O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou hoje a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.
A Relação de Coimbra confirmou hoje a condenação a penas de prisão suspensas ao ex-eurodeputado do PSD Álvaro Amaro e ao atual presidente da Câmara de Gouveia, Luís Tadeu, entre outros arguidos envolvidos num caso de parcerias público-privadas.
O CHEGA vai entregar um projeto de lei que prevê a retirada da nacionalidade portuguesa a quem a tenha obtido por naturalização e cometa crimes graves ou incentive “o ódio ou humilhação da nação”, anunciou hoje o partido.
José Rui Cruz, antigo presidente da distrital do PS em Viseu e ex-deputado, está sob acusação do Ministério Público (MP) por crimes de fraude e branqueamento de capitais, num caso que envolve cerca de 140 000 € de fundos públicos destinados à criação de emprego na região.