Singapura impõe multa de quase 2,7 milhões de euros ao Credit Suisse

O regulador financeiro de Singapura impôs hoje uma multa de 3,9 milhões de dólares de Singapura (2,67 milhões de euros) ao banco Credit Suisse por não ter "prevenido ou detetado" más práticas de dirigentes na cidade.

© D.R.

A Autoridade Monetária de Singapura (MAS, na sigla em inglês) acusou dirigentes da filial do banco suíço no país de darem aos clientes “informações inexatas ou incompletas” que resultaram na cobrança de ‘spreads’ “superiores às taxas bilateralmente acordadas” em 39 transações de obrigações fora da bolsa, de acordo com um comunicado.

O banco central de Singapura acrescentou que os diretores da filial local do Credit Suisse fizeram “falsas declarações aos clientes quanto às taxas e margens interbancárias cobradas e omitiram informações”.

A investigação da MAS mostrou que o banco suíço “não implementou controlos adequados”, referiu o comunicado, acrescentando que o Credit Suisse admitiu a responsabilidade, pagou a multa e “compensou separadamente os clientes afetados”.

Esta não é a primeira sanção contra o banco suíço por parte da cidade-Estado asiática, um centro financeiro regional.

Em setembro, um tribunal de Singapura ordenou ao Credit Suisse que pagasse 743 milhões de dólares norte-americanos (668,6 milhões de euros) em indemnização ao antigo primeiro-ministro da Geórgia Bidzina Ivanishvili por “gestão fraudulenta que resultou em perdas em investimentos”.

Os dois principais bancos suíços, UBS e Credit Suisse, iniciaram oficialmente um processo de fusão em 07 de dezembro, aprovada pelos respetivos conselhos de administração, depois de o UBS ter adquirido o Credit Suisse em 19 de março e de a aquisição ter sido concluída em 12 de junho.

O UBS aceitou comprar o rival, que se debatia com graves problemas financeiros, por 3,1 mil milhões de euros em meados de março, numa altura em que na bolsa de valores suíça valia mais de sete mil milhões de euros.

O Credit Suisse foi a principal vítima de uma crise bancária que teve origem nos Estados Unidos, no início de 2023, com o colapso de instituições financeiras regionais como o Silicon Valley Bank.

Últimas de Economia

A Comissão Europeia adotou hoje um novo quadro de auxílios estatais para apoiar a aplicação do Pacto da Indústria Limpa, prevendo, nomeadamente, montantes até 200 milhões de euros.
Os preços dos combustíveis voltaram a subir esta semana em Portugal, registando a maior escalada desde o verão de 2022. Segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o gasóleo simples aumentou cerca de oito cêntimos por litro, enquanto a gasolina 95 registou uma subida de aproximadamente três cêntimos.
As metas transitórias de integração de energia de fontes renováveis para os setores da indústria e dos transportes vão entrar em vigor no final deste ano.
A fabricante automóvel japonesa Nissan vai despedir 20.000 trabalhadores em todo o mundo, segundo o plano de reestruturação apresentado hoje aos acionistas pelo presidente e diretor executivo, Iván Espinosa, num esforço para regressar à rentabilidade.
As bolsas europeias abriram hoje em alta, com ganhos a rondar os 1,50%, depois de o Governo israelita ter confirmado que aceitou a proposta de Donald Trump de um "cessar-fogo bilateral" com o Irão, fazendo cair os preços do petróleo.
O Tribunal de Contas (TdC) detetou que a TAP executou vários contratos sem visto prévio obrigatório, violando a lei que rege a despesa pública, tendo remetido as conclusões para o Ministério Público.
No final de abril, o endividamento do setor privado representava cerca de 459.800 milhões de euros, enquanto perto de 369.600 milhões de euros diziam respeito ao setor público.
O índice de preços da habitação aumentou 16,3% no primeiro trimestre em termos homólogos, mais 4,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior, divulgou hoje o INE.
O número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 2% em maio, face ao período homólogo, mas caiu 4,3%, face a abril, para 187.654, segundo a síntese estatística da Segurança Social hoje divulgada.
O valor total aplicado em certificados de aforro aumentou em maio para 37.498 milhões de euros, um novo máximo histórico, apesar do abrandamento nas novas subscrições, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).