Ministra aponta insuficiência das propostas da Comissão para a Agricultura

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse hoje, em Bruxelas, que Portugal se revê nas propostas para responder à crise dos agricultores da União Europeia (UE), salientando, no entanto, que são "insuficientes".

© D.R.

“Revemo-nos na proposta que foi feita, mas achamos que é insuficiente, temos mesmo dúvida que os resultados que são esperados no curto e no médio prazo possam ser atingidos com a proposta que esteve hoje em apreço”, referiu a ministra, em declarações aos jornalistas à margem da reunião do Conselho de Agricultura da UE.

O executivo comunitário propôs, explicou, “um conjunto de derrogações” das boas condições agrícolas, nomeadamente ambientais, e permite que seja invocada pelos Estados-membros a força maior, quando as más condições o exigirem, em que haja alteração dos planos estratégicos.

Maria do Céu Antunes referiu ainda que, em Portugal, o aumento do rendimento dos agricultores faz-se também por transferências de verbas entre os dois pilares da PAC e não exclusivamente através de auxílios de Estado, que considera distorcerem o mercado.

O Conselho de Agricultura da UE aprovou hoje, em Bruxelas, as propostas avançadas pela Comissão Europeia para responder à crise no setor, incluindo duas emendas anuais dos planos estratégicos da Política Agrícola Comum (PAC), para além do alívio no cumprimento de regras ambientais.

Com esta votação, por maioria qualificada, o Parlamento Europeu (PE) poderá agora — no âmbito de um procedimento de urgência — agendar a primeira votação das medidas na última sessão plenária desta legislatura, de 22 a 25 de abril.

Após esta diligência, as propostas serão formalmente adotadas pelos Estados-membros e o PE e, se tudo correr como planeado, entram em vigor no final da primavera.

A reunião dos ministros, em Bruxelas, decorre hoje com mais um protesto do setor, o terceiro na cidade desde o início do ano, no exterior do edifício.

Os agricultores, que se têm manifestado por toda a UE, incluindo Portugal, queixam-se também de concorrência desleal de países terceiros e da fraca posição dos agricultores na cadeia de abastecimento, que chegam a vendar os seus produtos abaixo do preço de custo.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA alcançou um novo marco na sua curta, mas ascendente história política: ultrapassou os 70.000 militantes, reforçando a sua posição como uma das maiores forças partidárias em Portugal. Com este crescimento, o partido liderado por André Ventura aproxima-se do objetivo declarado de se tornar o maior partido português em número de militantes.
O Presidente do CHEGA anunciou que vai pedir a audição do governador do Banco de Portugal no parlamento, depois de questionar se a divulgação das previsões económicas depois as eleições teve como objetivo favorecer o Governo.
O líder do CHEGA acusou o primeiro-ministro de querer trair a votação dos portugueses nas últimas eleições legislativas e avisou que o seu partido "não vai fazer acordos, como outros fizeram", se estiverem em causa "políticas erradas".
O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso de uma cirurgia que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, realizou no ano passado no Hospital de Santo António, no Porto, confirmou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.
O CHEGA avisou, mas ninguém ouviu. A imigração está a escalar em Portugal e agora é o próprio Governo e a AIMA que admitem.
A distribuição dos lugares no hemiciclo da Assembleia da República continuou hoje sem reunir consenso na conferência de líderes e será agora alvo de um projeto de deliberação elaborado pelo presidente da Assembleia da República.
O líder do CHEGA, André Ventura, criticou hoje a recondução das ministras da Justiça e da Saúde no novo Governo e acusou o primeiro-ministro de "teimosia", dizendo que esperava mudanças em "áreas-chave".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conta receber hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para lhe apresentar a composição do XXV Governo Constitucional, ao qual prevê dar posse na quinta-feira.
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi hoje reeleito presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor, 25 brancos e três nulos, na primeira reunião plenária da XVII Legislatura.