CHEGA/Madeira quer ir a eleições sozinho e recusa apoiar Governo do PSD

O CHEGA/Madeira defendeu hoje a realização de eleições regionais, na sequência da crise política iniciada com suspeitas de corrupção no arquipélago, e assegurou que vai concorrer sozinho, mostrando-se indisponível para apoiar um eventual Governo do PSD.

Sitio da Presidência da Republica Portuguesa

O líder da estrutura regional do CHEGA, Miguel Castro, foi hoje recebido no Palácio de Belém, em Lisboa, pelo Presidente da República, que está a ouvir os partidos com assento parlamentar na Madeira, perante a possibilidade de dissolver a Assembleia Legislativa, na sequência da crise política provocada pela demissão de Miguel Albuquerque do cargo de presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), em janeiro, após ser constituído arguido numa investigação judicial sobre suspeitas de corrupção no arquipélago.

Miguel Castro destacou que a posição que o CHEGA levou a Marcelo Rebelo de Sousa foi “exatamente a mesma” que já tinha transmitido ao representante da República na Madeira, Ireneu Barreto.

“Achamos que o povo madeirense se deve manifestar através do voto. Achamos que deverá haver eleições”, disse, salientando que o CHEGA/Madeira “obviamente” acatará a decisão que o chefe de Estado tomar.

O dirigente negou qualquer disponibilidade para contactos ou acordos com o PSD da Madeira tendo em vista a viabilização de um futuro Governo Regional.

“Não, não estamos disponíveis. O CHEGA irá às eleições sozinho, o CHEGA tem o seu eleitorado e é esse eleitorado que o CHEGA tem de respeitar, porque o nosso eleitorado espera uma mudança, uma alternativa política, e é para isso que vamos concorrer às eleições”, afirmou.

“Não, não estamos disponíveis. Não estamos disponíveis para viabilizar um Governo com Miguel Albuquerque”, reiterou, após insistência dos jornalistas.

O Presidente da República está hoje a realizar, desde as 10:00, reuniões com os nove partidos com assento parlamentar na Madeira, antes de reunir pelas 18:00 o Conselho de Estado, o órgão político de consulta do chefe de Estado, no qual se deverá avaliar o cenário de dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira e convocação de eleições antecipadas.

Até à hora de almoço, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu o BE, o PAN, que tem um acordo de incidência parlamentar com o PSD, a IL, a CDU e o CHEGA, devendo ainda hoje receber o CDS-PP, o JPP, o PS e o PSD.

O chefe de Estado recuperou o poder de dissolver o parlamento do arquipélago esta semana, passados seis meses desde a realização de eleições regionais na Madeira, em 24 de setembro de 2023.

Caso Marcelo Rebelo de Sousa opte pela não dissolução do parlamento regional, o representante da República, Ireneu Barreto, irá nomear “o presidente e demais membros de um novo Governo Regional”.

Na segunda-feira, Miguel Albuquerque defendeu que não há justificação para legislativas antecipadas na Madeira e anunciou estar em fase final uma negociação para assegurar ao Presidente da República que se mantém a maioria PSD/CDS-PP com o apoio parlamentar do PAN.

No mesmo dia, a deputada única do PAN, Mónica Freitas, recusou haver algum acordo formal com o PSD, mas admitiu estar disponível para viabilizar o Programa do Governo Regional e o Orçamento da região caso não haja eleições. Anteriormente, o partido tinha dito que apenas manteria o entendimento se Miguel Albuquerque saísse da presidência do executivo.

A oposição madeirense tem defendido a realização de eleições antecipadas.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA vai pedir esclarecimentos ao ministro da Educação acerca das alegadas pressões sobre a Universidade do Porto para admitir a entrada em Medicina de alunos sem a classificação mínima e pediu uma investigação ao Ministério Público.
O deputado municipal do CHEGA e candidato à Câmara de Lisboa Bruno Mascarenhas anunciou hoje a apresentação de uma moção de censura ao executivo da câmara de Lisboa, exigindo responsabilidades pelo acidente com o elevador da Glória.
CHEGA questiona primeiro-ministro após este se ter oposto à divulgação pública de informação sobre os seus imóveis.
A poucos dias do arranque do ano letivo, milhares de alunos continuam sem professores atribuídos. O CHEGA acusa o Governo de falhar gravemente na gestão da Educação e promete levar o tema ao Parlamento.
O partido CHEGA anunciou que vai suspender a manifestação prevista para este sábado, dia 6 de setembro, em respeito pelas vítimas do acidente ocorrido na passada quarta-feira, devido ao descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortes. A decisão foi comunicada pelo partido através de um comunicado enviado aos jornalistas.
O partido CHEGA vai realizar uma manifestação “contra o travão à Lei de Estrangeiros” no próximo dia 6 de setembro, pelas 15h00, com início no Centro de Congressos de Lisboa e término no Palácio de Belém. A iniciativa tinha sido inicialmente marcada para 24 de agosto, mas foi adiada em solidariedade com as vítimas dos incêndios que devastaram o país.
O CHEGA afirmou hoje que o Governo pretende adiar para outubro a aprovação final da revisão da lei da nacionalidade, dando prioridade ao processo para sanar as inconstitucionalidades apontadas pelo Tribunal Constitucional na lei de estrangeiros.
A Câmara Municipal da Amadora, presidida pelo socialista Vítor Ferreira, adjudicou, por ajuste direto, uma obra de cimento de oito toneladas para celebrar Mário Soares ao artista urbano Alexandre Farto, conhecido como Vhils, pelo valor de 246 mil euros. A obra terá 2,5 metros de altura e cinco de comprimento, e será instalada na Praça da Liberdade, segundo revelou o jornal PÁGINA UM.
O Governo começa hoje a receber os partidos com assento parlamentar para discutir o Orçamento do Estado para 2026, o conflito no Médio Oriente, a lei da nacionalidade e dos estrangeiros e a criação de novas freguesias.
O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.