André Ventura diz que aumento do valor de referência do CSI é “um remendo”

O líder do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como "um remendo" o aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) e pediu ao Governo um aumento generalizado das pensões.

© Folha Nacional

“O Governo continua a fazer governação como fez o choque fiscal e as medidas do IRS, são pequenos remendos aqui e ali que não era o que as pessoas estavam à espera verdadeiramente”, afirmou, em declarações aos jornalistas, no parlamento, sobre a aprovação hoje em Conselho de Ministros do aumento, a partir de junho, do valor de referência do CSI de 550 para 600 euros e a eliminação dos rendimentos dos filhos como critério de fator de exclusão.

O presidente do CHEGA considerou que “há pensões miseráveis e não é com subidas marginais do CSI que se vai resolver o problema” e assinalou que durante a campanha “a AD e o CHEGA tinham garantido uma subida extraordinária de pensões”.

Defendendo que o “Governo devia ter ido mais além”, André Ventura apelou ao Governo que leve a cabo “um choque de aumento de pensões em Portugal”.

Referindo que “o PS teria apresentado uma proposta parecida”, porque a medida “estava no seu programa”, Ventura questionou o primeiro-ministro se quer “governar como o PS”.

“É um orgulho para o PSD governar como o PS faria?”, questionou.

Afirmando que o executivo está “a fugir sistematicamente às suas responsabilidades”, o presidente do CHEGA considerou que esta “tática do Governo que não vai funcionar porque as pessoas não se deixam enganar com facilidade”.

“Isto mostra um Governo desorientado, a fazer remendos e provavelmente a pensar em eleições”, sustentou.

Hoje, o Conselho de Ministros aprovou também a gratuitidade dos medicamentos sujeitos a prescrição médica aos cerca de 145 mil beneficiários do CSI.

André Ventura disse que se estas medidas forem apreciadas pelo parlamento, o CHEGA vai viabilizá-las.

Já quanto às propostas de descida do IRS, o líder do CHEGA disse que “o CHEGA não viabilizará nenhuma proposta” se não for alterado “o sentido da proposta que o Governo tinha apresentado”.

Últimas de Política Nacional

A manifestação do CHEGA contra o que qualificam de imigração descontrolada e insegurança nas ruas, que juntou hoje centenas de pessoas no Porto, contou com André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".
Bárbara Fernandes exigiu também a “suspensão imediata do responsável máximo do Departamento de Urbanismo.”
O CHEGA vai abster-se na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, permitindo a sua aprovação se os partidos da esquerda votarem a favor.
O Governo anunciou que o saldo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para 2025 ia ser positivo, mas fez mal as contas. Após uma revisão das projeções, o executivo admitiu que o SNS vai, afinal, apresentar um défice no próximo ano, num valor que ultrapassa os 217 milhões de euro
O presidente do CHEGA, André Ventura, desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a apresentar na Assembleia da República uma moção de confiança ao seu Governo, mas afastou a possibilidade de apresentar uma moção de censura.