O Movimento Zero está a pedir às forças de segurança, nomeadamente aos agentes da PSP e militares da GNR, para se manifestarem junto ao Parlamento, esta quinta-feira, dia em que os deputados se reúnem em plenário para discutir o projeto-lei do CHEGA sobre o subsídio de risco.
O apelo, segundo a SIC Notícias, é feito através da conta oficial de Facebook, na qual os responsáveis por este movimento da PSP escrevem que se trata de uma “oportunidade única para fazer ouvir a voz” destas forças de segurança.
“O Movimento Zero apela a cada um de vós para que estejam presentes em frente à Assembleia da República. É uma oportunidade única para fazer ouvir a nossa voz, para exigir respeito e melhores condições de trabalho. A nossa mobilização pode fazer a diferença”, lê-se na mensagem publicada.
Esta decisão surge depois de o líder do CHEGA, André Ventura, ter pedido aos polícias para se mobilizarem.
“Polícias e forças de segurança do país todo. Todos ao Parlamento, dia 4 de julho, às 15 horas. Polícias convocados para o debate de projetos-lei do CHEGA no Parlamento”, começa por apelar André Ventura. “Preciso que venham para o Parlamento, nas galerias e fora do Parlamento, mostrar a força. Venham do país inteiro”, invocou.
“Não se trata de apelo à desordem, mas de apelo ao combate à maior injustiça histórica do país”
No domingo passado, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa, Ventura deixou claro que este apelo ao protesto das forças de segurança, junto ao Parlamento, trata-se de um “combate à maior injustiça histórica do país” e não “à desordem”.
“O CHEGA tem um conjunto de projetos para apresentar no Parlamento, que foram alinhados após negociações com todos os sindicatos policiais. Estas forças policiais merecem ter o mesmo direito de manifesto, por isso, não se trata de apelo à desordem, mas de apelo ao combate à maior injustiça histórica do país”, declarou aos jornalistas.
A proposta do CHEGA, tal como a Plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, propõe um aumento de 400 euros, de forma gradual até 2026, mais cem euros do que o que o Governo está a oferecer às forças de segurança.