Tribunal agendou 53 sessões de julgamento da Operação Marquês até ao fim do ano

O Tribunal Central Criminal de Lisboa agendou até ao fim deste ano 53 sessões do julgamento do processo Operação Marquês, no qual o ex-primeiro-ministro José Sócrates vai responder por 22 crimes, incluindo corrupção.

© Folha Nacional

Segundo um despacho de 18 de março da presidente do coletivo de juízes, noticiado hoje pelo Observador e ao qual a Lusa teve também acesso, a primeira sessão do julgamento está agendada para 03 de julho a partir das 09:30, tal como tinha sido revelado, em 17 de março, pelas defesas de vários arguidos.

O julgamento prossegue depois todas as terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras, exceto durante as férias judiciais de verão, de 16 de julho a 31 de agosto.

Em julho haverá sessões nos dias 08, 09, 10 e 15 e em setembro a partir de dia 02, mantendo-se a cadência de três datas por semana até 18 de dezembro, quinta-feira.

Na semana seguinte, começam as férias judiciais de Natal, até 3 de janeiro do próximo ano, não havendo para já sessões agendadas para 2026.

No despacho, a juíza Susana Seca remete para mais tarde a notificação das testemunhas arroladas para o julgamento, de modo a evitar “deslocações inúteis” ao Campus de Justiça de Lisboa.

O calendário foi acordado entre o tribunal e a maioria dos defensores dos arguidos em 17 de março, numa reunião à porta fechada, na qual o advogado de José Sócrates não compareceu.

A ausência foi então justificada pelo antigo primeiro-ministro (2005-2011), em comunicado, com o facto de a defesa considerar que “o processo Marquês não ultrapassou ainda a fase de instrução”.

Além de José Sócrates, sentam-se no banco dos réus outros 21 arguidos, que respondem por um total de 118 crimes económico-financeiros, entre os quais corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Os atos sob suspeita estão relacionados sobretudo com três dossiês: o Grupo Lena, no qual se inclui o projeto do TGV; a antiga empresa de telecomunicações Portugal Telecom (PT); e o ‘resort’ de Vale do Lobo, no Algarve, ao qual a Caixa Geral de Depósitos concedeu um crédito considerado ruinoso.

Os arguidos têm, em geral, negado a prática de qualquer crime.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.
A Câmara da Lousã aprovou hoje uma proposta de isenção de faturas de água para os cidadãos, empresas e coletividades com consumos extraordinários face ao combate ao incêndio que afetou aquele concelho.
O CHEGA vai questionar o primeiro-ministro e a Entidade para a Transparência, através do parlamento, sobre a oposição de Luís Montenegro ao acesso público de informação sobre imóveis que declarou, anunciou hoje o líder.
O líder do partido CHEGA, André Ventura, disse ontem que quer um Orçamento do Estado para 2026 que “reflita uma mudança de espírito de política de habitação” e propôs algumas medidas.
Vários partidos do sistema, nomeadamente o PS e o VOLT, estão empenhados em tentar impedir a presença do CHEGA nas próximas eleições autárquicas.
O Chega quer proibir a exploração económica das áreas ardidas durante 10 anos e a venda de madeira queimada, aumentar as penas para os incendiários e a criação de um fundo de apoio às famílias dos bombeiros.
O líder do Chega considerou hoje que o Presidente da República foi "extremamente imprudente" quando disse que o seu homólogo dos Estados Unidos funciona como um "ativo soviético", acusando-o de "a perder credibilidade".
O líder do Chega, André Ventura, colocou hoje cinco condições ao Governo para negociar o próximo Orçamento do Estado, incluindo uma redução da carga fiscal, aumento das pensões ou mais verbas para as forças de segurança.
O líder do Chega, André Ventura, criticou hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmando que não sabe ser líder, dar a cara ou desempenhar o cargo, a propósito da forma como o Governo lidou com os incêndios.
O presidente do Chega, André Ventura, acusou hoje a ministra da Administração Interna de incompetência na gestão do combate aos incêndios que têm afetado o país e desafiou o primeiro-ministro a admitir "que falhou" nesta matéria.