Trabalhadores do Novo Banco “otimistas” com venda a grupo francês

A Comissão Nacional dos Trabalhadores (CNT) do Novo Banco disse hoje estar confiante e otimista quanto ao futuro da instituição, depois do anúncio do acordo para a venda ao grupo francês BPCE.

© NOVOBANCO

“Estamos confiantes e otimistas quanto ao futuro do Novo Banco. Acreditamos que esta nova fase poderá trazer estabilidade e novas oportunidades de crescimento, já que nos vamos associar ao quarto maior grupo bancário europeu”, refere o comunicado hoje divulgado.

A Lone Star chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda da sua posição acionista no Novo Banco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

A conclusão da transação está prevista para o primeiro semestre de 2026, estando ainda sujeita a aprovação das autoridades concorrenciais.

Em comunicado, a CNT, apesar de preferir uma dispersão do capital do Novo Banco em bolsa que pudesse permitir aos trabalhadores adquirir ações a um preço preferencial, registou que “não tem objeções ao processo de venda”.

“Consideramos que uma venda que garante a manutenção do emprego e a independência do banco poderá ser uma solução positiva, não só para os trabalhadores e clientes, mas também para o sistema financeiro nacional”, defendeu o organismo de representação dos trabalhadores.

Sobre a manutenção dos atuais postos de trabalho, a comissão de trabalhadores disse que viu “com agrado” as primeiras declarações do presidente executivo do grupo BPCE, Nicolas Namias, sobre este tema.

Os trabalhadores do Novo Banco pedem que o acionista seja comprometido, que queira investir e desenvolver negócio a longo prazo, tendo defendido que a equipa do banco “já demonstrou ser uma das mais competentes do setor bancário”.

Num dos pontos do comunicado, sob o tema “reconhecimento dos trabalhadores”, a CNT considera que o sucesso do Novo Banco se deve, “em grande parte, ao profissionalismo, dedicação e resiliência dos seus trabalhadores” e, nesse sentido, defendeu que “a Lone Star deveria premiar os trabalhadores do banco por este sucesso”.

Após o anúncio da venda do Novo Banco ao grupo BPCE, o Governo português anunciou que iria acompanhar a venda da Lone Star, alienando os 11,46% do capital do Novo Banco controlados diretamente pelo Ministério das Finanças, que deverá render cerca de 733 milhões de euros.

Os restantes 13,54% estão nas mãos do Fundo de Resolução que poderá encaixar cerca de 866 milhões de euros com o negócio.

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