Reino Unido investiga batismos em banheiras usados por requerentes de asilo para evitar deportações

Uma investigação do jornal britânico The Telegraph revelou que dezenas de requerentes de asilo no Reino Unido estão a ser batizados em banheiras de hotéis como forma de reforçar os seus pedidos de residência. O caso está a gerar polémica e a levantar dúvidas sobre o eventual uso fraudulento de conversões religiosas como estratégia para escapar à deportação.

© D.R.

De acordo com o mesmo jornal, os batismos são realizados por voluntários da Carelinks Ministries, uma organização cristã registada como instituição de caridade e associada aos Cristadelfianos — uma pequena corrente religiosa que rejeita dogmas centrais do cristianismo tradicional, como a Santíssima Trindade.

Os voluntários deslocam-se a quartos de hotel onde se encontram alojados requerentes de asilo com apoio do Estado britânico e realizam as cerimónias de conversão, submergindo os imigrantes em banheiras cheias de água. Duncan Heaster, um dos responsáveis da organização, confirmou ao jornal que conduziu vários destes batismos em Londres e noutras cidades do país.

“Não me interessa se o fazem para ficar no país ou não. Eu apenas batizo quem o solicita”, afirmou.

Chris Philp, ministro do Interior no governo-sombra, classificou a situação como “insana” e apelou à reformulação urgente do sistema de asilo. “Batizar imigrantes ilegais numa banheira é um sinal claro de que perdemos o controlo. O processo está a ser abusado numa escala industrial”, afirmou, defendendo que as conversões religiosas feitas no Reino Unido deixem de ser consideradas como critério válido para a concessão de asilo.

O Ministério do Interior britânico reforçou que a simples conversão religiosa não garante automaticamente o estatuto de refugiado e que cada caso é analisado individualmente.

Últimas do Mundo

A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).
Ministério Público holandês está a pedir penas que podem chegar aos 25 anos de prisão para um pai e dois filhos acusados de assassinarem Ryan Al Najjar, uma jovem síria de 18 anos que, segundo a acusação, foi morta por se recusar a seguir as regras tradicionais impostas pela própria família.
Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.