Ventura pede demissão de atual administrador financeiro da TAP e publicação de relatório da IGF

©️ Partido CHEGA

O líder do CHEGA pediu hoje ao Governo que “afaste, sem condições”, o atual administrador financeiro da TAP, e que torne público o relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre a indemnização de Alexandra Reis. Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, André Ventura considerou que o relatório preliminar da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) atribui “grande parte da responsabilidade” pela indemnização de 500 mil euros de Alexandra Reis à “tutela financeira da TAP” e, designadamente, ao seu atual administrador financeiro, Gonçalo Pires.

“O dado evidente é que o administrador financeiro da TAP é nomeado pelo ministro das Finanças e não terá informado o Governo do pagamento desta indemnização e dos seus tramites financeiros”, frisou.

O líder do CHEGA considerou que, perante este facto, a questão que se coloca é saber “até quando Fernando Medina vai manter este administrador financeiro da TAP”.

“Ao momento em que estamos, não há nenhum motivo para manter a confiança num administrador que terá faltado à verdade, que não terá transmitido informação financeira que era obrigado por lei a transmitir”, referiu.

Ventura apelou assim a que o Governo “afaste, sem condições”, Gonçalo Pires por “manifesta e evidente falha no cumprimento dos seus deveres financeiros para com uma instituição em que os portugueses estão a gastar milhares de milhões dos seus impostos para salvar”.

“Era importante que a sua situação ficasse resolvida antes de o relatório [da IGF] ser tornado público e antes de a comissão de inquérito [à TAP] prosseguir o seu caminho”, sustentou.

Por outro lado, André Ventura anunciou ainda que o CHEGA apresentou hoje um requerimento para que o ministro das Finanças torne público o relatório que aponta irregularidades na atribuição da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, assim como “a resposta que o Governo português deu à IGF” e os “tramites e pontos específicos que a IGF apresentou como sendo ilegais ou irregulares”.

André Ventura salientou que, apesar de o relatório final poder vir a ser publicado até ao final desta semana, “é importante que se conheça o processo que levou à formação” desse relatório, assim como “a resposta do Governo e os vários pedidos de esclarecimento que foram feitos”.

“Isto poder ajudar-nos muito a perceber qual era o real conhecimento de Fernando Medina em relação a esta situação. Esperamos que, não havendo nenhum motivo para que haja segredo, que isto seja concretizável e que o relatório – seja hoje ou amanhã [quarta-feira] – possa ser disponibilizado ao público”, referiu.

Sobre a comissão de inquérito à TAP, André Ventura referiu que o CHEGA “não se oporá à chamada de nenhum ex-governante” para prestar esclarecimentos”.

“Mesmo entendendo o CHEGA que não devemos transformar esta comissão de inquérito numa discussão sobre o processo de nacionalização versus privatização (…), o Chega não se oporá à vinda de nenhum governante, inclusive do PSD, do CDS, ou de qualquer outro, à comissão de inquérito prestar esclarecimentos”, referiu.

Apesar disso, Ventura reiterou que o CHEGA não vai aceitar “que este processo, que pode durar meses, mantenha em funções pessoas que manifesta e evidentemente falharam e faltaram aos seus deveres para com o Estado e para com o ministério das Finanças”.

No domingo, o Ministério das Finanças explicou que a ação inspetiva da IGF sobre a indemnização paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis ainda está “em fase de contraditório” e só depois será elaborado um relatório final.

Segundo a tutela, “logo que a ação inspetiva se encontre concluída e seja produzido o relatório da mesma, o ministro das Finanças prontamente tornará públicas as conclusões e determinará o que se impuser para plena garantia da legalidade”.

A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada a 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

O comunicado divulgado no domingo pelo Ministério das Finanças surge na sequência de uma notícia avançada na sexta-feira à noite pela SIC Notícias, segundo a qual o projeto de parecer da IGF “aponta para a existência de fortes irregularidades no processo” de Alexandra Reis.

 

Últimas de Política Nacional

Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.
O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS de ser um “partido vendido”, depois de os socialistas anunciarem que irão abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2026 e assim permitir a sua aprovação.
O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.
O Parlamento aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um requerimento para ouvir Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que irá prestar esclarecimentos sobre a cobrança de impostos relacionados com as barragens.
O parlamento aprovou hoje, na especialidade, uma proposta de lei do Governo que cria um regime de grupos de IVA para os grupos económicos consolidarem os valores do imposto a pagar ou a recuperar junto do Estado.
A medida já está em marcha e promete acabar com os apoios a quem vive do Sistema sem contribuir.
No voto antecipado realizado a 5 de outubro, foi identificado um erro num dos boletins referentes à eleição da Assembleia de Freguesia de São Domingos de Benfica: o nome do partido CHEGA surgia sem o quadrado onde os eleitores deveriam assinalar a sua opção de voto.
Fernando Ferreira Marques (PSD) adjudicou por ajuste direto um contrato de prestação de serviços jurídicos à sociedade Marques Batista & Associados. Esta firma foi fundada por Joana Marques Batista, que integra o executivo da Junta, assumindo o pelouro jurídico e exercendo funções como vogal-secretária.
O CHEGA foi o partido que mais cresceu nas Autárquicas 2025, conquistando 13 juntas de freguesia em várias regiões do país. As vitórias estendem-se do Algarve à Madeira, incluindo freguesias populosas como a Quinta do Conde.