Taxa de juro do crédito à habitação atingiu em janeiro novo máximo desde 2014

©D.R.

Os bancos emprestaram 1.385 milhões de euros para crédito à habitação em janeiro, menos 11 milhões de euros que em dezembro, mas com a taxa de juro de 3,32%, um máximo desde março de 2014, segundo o BdP.

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 3,32% no mês em análise, contra 3,24% em dezembro e 0,81% em termos homólogos, e registou o maior valor desde março de 2014 (quando alcançou 3,39%).

Segundo o regulador e supervisor bancário, em janeiro, 69% do montante dos novos empréstimos para habitação própria permanente foi feito a taxa variável, enquanto 7% foi a taxa fixa e 24% a taxa mista.

“Embora se mantenha a preferência por empréstimos à habitação a taxa variável, o peso dos novos empréstimos a taxa mista tem vindo a aumentar, atingindo 24% do montante de novos empréstimos realizados em janeiro”, destaca o BdP.

De igual forma, 32% do montante de novos empréstimos à habitação representaram renegociações, “mantendo o aumento observado nos meses anteriores”.

Ainda quanto aos novos créditos emprestados pelos bancos em janeiro, nesse mês foram concedidos 401 milhões de euros em crédito ao consumo, menos cinco milhões de euros face a dezembro. A taxa de juro média foi de 8,48% (acima dos 7,97% em dezembro).

Em crédito para outros fins foram concedidos 134 milhões de euros em janeiro, mais 86 milhões de euros face a dezembro.

Já os novos empréstimos às empresas concedidos pelos bancos em janeiro recuaram para 1.288 milhões de euros, contra 3.319 milhões no mês anterior.

A taxa de juro média dos empréstimos às empresas voltou a subir e fixou-se em 4,70% (4,44% em dezembro). A subida verificou-se tanto nos empréstimos até um milhão de euros (de 4,45% para 4,95%) tendo ficado nos 4,42% nos empréstimos acima de um milhão de euros.

Quanto a depósitos, em janeiro, os novos depósitos a prazo de particulares atingiram 5.727 milhões de euros, mais 571 milhões de euros que no mês anterior. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou para 0,56% (0,35% em dezembro), tendo sido verificada “a maior subida em 11 anos”.

Já os novos depósitos a prazo de empresas totalizaram 4.883 milhões de euros em janeiro, menos 1.065 milhões de euros face a dezembro. A taxa de juro média foi de 1,05% (0,97% em dezembro).

Últimas de Economia

A indústria da música e do audiovisual pode perder 22 mil milhões de euros de receitas até 2028 por causa de conteúdos gerados por Inteligência Artificial, revelou hoje a Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC).
A Trust in News (TiN) foi hoje considerada insolvente, tendo o tribunal fixado em 30 dias o prazo para reclamação dos créditos e assembleia de credores para 29 de janeiro, segundo a sentença a que Lusa teve acesso.
Os custos da construção de habitação nova aumentaram 4,2% em outubro face ao mesmo mês de 2023, acelerando face a setembro, segundo a informação hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os trabalhadores da Administração Pública voltam a cumprir uma greve geral na sexta-feira e a saúde e a educação poderão ser os serviços mais afetados, indicou o vice secretário-geral Fesinap à Lusa.
A CP - Comboios de Portugal antevê "fortes perturbações" na circulação na sequência da greve geral agendada para a próxima sexta-feira, alertando para o impacto nos dias anterior e seguinte ao da paralisação.
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e setembro de 2022, respetivamente.
A EDP Comercial registou nos últimos dois meses um aumento significativo no reporte de tentativas de fraude em que é pedido o pagamento de um valor alegadamente devido à empresa, que diz ter reforçado as medidas de segurança.
O preço do pão deverá voltar a subir no próximo ano, impulsionado pelo aumento dos custos de produção e do salário mínimo nacional, adiantou a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP).
A adesão à greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa era às 06:50 superior a 90%, encontrando-se todas as estações encerradas, disse à Lusa Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pagou quase 5.800 milhões de euros aos seus beneficiários, sobretudo às empresas, até à passada quarta-feira, segundo o último relatório de monitorização.