Privatizações passadas da TAP “foram remendos com parceiros pouco fiáveis”

© Folha Nacional

O ministro das Infraestruturas considerou hoje que as privatizações passadas da TAP, tentadas e uma concretizada, “foram remendos com parceiros pouco fiáveis” com modelos de negócio pouco sustentáveis, sublinhando que o decreto-lei para a próxima abertura de capital permitirá diferentes opções.

“As privatizações passadas e várias tentativas, de facto, no nosso entendimento foram remendos com parceiros pouco fiáveis, com modelos de negócios pouco sustentáveis e, de facto, concordo com o senhor deputado [Bruno Dias, PCP], de que as múltiplas experiências passadas, tentadas e uma em concreto concretizada e depois alterada não são de facto exemplos de processo”, afirmou João Galamba, na comissão parlamentar de inquérito à TAP.

O ministro acrescentou que o modelo para a próxima abertura de capital não está ainda definido, o que acontecerá na publicação do decreto-lei, que será “suficientemente aberto” para permitir várias opções.

“O senhor primeiro-ministro já disse publicamente que o Estado português deseja manter uma participação na TAP. A preocupação do Governo é e tem sido sempre em toda a nossa atuação, em particular na minha, […] tem sido defender a TAP, defender a sustentabilidade futura da TAP”, sublinhou.

João Galamba reiterou que há um conjunto de interesses públicos que o Governo tem de salvaguardar na privatização, como a manutenção do ‘hub’, a capacidade que a TAP tem de servir as comunidades emigrantes e a relação da companhia aérea com o tecido económico português.

Últimas de Economia

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) apelou hoje a um orçamento da União Europeia (UE) "mais simples e mais inteligente" por atualmente ser difícil mobilizar verbas para circunstâncias imprevistas e emergências, como desastres ou guerra.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em julho, em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais acima de junho, tendo a mão-de-obra subido 8,9% e os materiais 1,5%, divulgou hoje o INE.
A indústria do calçado nacional antecipa que este será um ano de consolidação nos mercados internacionais, apesar da instabilidade, com o setor a exportar 90% da sua produção.
O Banco de Portugal (BdP) desconhece quanto é que os bancos venderam em empréstimos à habitação desde 2017, em operações de cessão de crédito, a entidades exteriores não supervisionadas pelo banco central.
O índice mundial de preços dos alimentos registou em agosto um aumento de 6,9% face ao mesmo mês do 2024, informou hoje a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse hoje que a gestão atual da TAP tem demonstrado "uma ineficiência notável no planeamento da operação", o que, defendeu, "se traduz em custos elevados com trabalho suplementar".
A companhia aérea irlandesa de baixo custo Ryanair informou hoje que concluiu a instalação de medidores de bagagem de mão maiores em 235 aeroportos em toda a Europa.
Entre janeiro e setembro de 2025, 13.522 funcionários públicos aposentaram-se através da Caixa Geral de Aposentações (CGA), um número ligeiramente inferior ao do mesmo período do ano passado. Contudo, o destaque vai para o aumento das pensões mais elevadas uma vez que, segundo dados publicados em Diário da República e revelados pelo Jornal de Notícias, 393 reformas superaram os 5.000 euros mensais brutos, mais 30 do que em 2024.
A contabilização de prestações como o apoio ao cuidador informal, o complemento por dependência e o Seguro Social Voluntário como rendimento está a levar à perda de apoios como o abono de família, segundo o Jornal de Notícias.
O preço do cabaz alimentar essencial, composto por 63 produtos, subiu cerca de 17 euros no último ano, atingindo agora um valor médio de 271 euros, de acordo com dados da DECO Proteste, citados pela SIC Notícias. A variação corresponde a um aumento de aproximadamente 2% face a agosto de 2024.