O Governo de Itália anunciou hoje uma ajuda de “mais de dois mil milhões de euros” para a região de Emília-Romana, no nordeste do país, afetada por cheias sem precedentes que causaram 14 mortes e graves danos materiais.
“Disponibilizámos, com estas primeiras medidas, um total de mais de dois mil milhões de euros para as pessoas afetadas pelas inundações”, declarou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, à imprensa, no final de um conselho de ministros.
“Sabemos muito bem que estamos a falar das emergências, que haverá uma fase de reconstrução, mas não temos neste momento condições para quantificar as necessidades na sua totalidade”, acrescentou Meloni.
Cerca de 700 milhões serão, em especial, destinados às empresas, principalmente exportadoras, e 580 milhões ao desemprego técnico dos respetivos trabalhadores.
“Na atual situação de Itália, reunir dois mil milhões em alguns dias não é fácil”, sublinhou a chefe do executivo, cujo país é o segundo Estado-membro da Zona Euro mais endividado, a seguir à Grécia.
Entre as fontes de receitas adicionais encontradas para obter esses dois mil milhões de euros, estão o aumento temporário de um euro no preço dos bilhetes de entrada em museus e o recurso a verbas da lotaria nacional.
O equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas na semana passada em Itália, fazendo transbordar cerca de 20 rios, transformando as ruas em enxurradas de lama e submergindo vastas extensões de terras agrícolas e explorações pecuárias.