CHEGA propõe aumentar suplementos a médicos de Unidades de Saúde Familiar

©️ Partido CHEGA

O CHEGA vai propor a majoração, em cerca de 25%, de suplementos auferidos pelos médicos nas Unidades de Saúde Familiares (USF) como forma de atrair e fixar estes profissionais nos cuidados de saúde primários.

O partido de André Ventura propõe a criação de incentivos para atrair e fixar mais médicos ao SNS, nos cuidados primários, considerando “um facto inegável” que é preciso investimento do Estado na valorização das carreiras e “devolver perspetivas de futuro” aos médicos que pretendam fixar-se em USF.

O diploma visa aumentar em cerca de 25% o valor de alguns suplementos previstos na lei, “bem como atribuir uma compensação remuneratória a todos os médicos que pretendam fixar-se em USF´s com percentagem de utentes inscritos sem médico de família atribuído superior a 30%.”

“Tendo em consideração que em 2022 a carga fiscal foi a mais elevada de sempre, existe disponibilidade financeira do Estado para fazer os investimentos absolutamente necessários no setor da Saúde, cabe agora existir vontade política”, argumenta o CHEGA, que considera, em comunicado, que “nas últimas semanas o estado da Saúde em Portugal tem-se deteriorado significativamente sem que o Governo português tenha tomado alguma atitude proativa e significativa”.

De acordo com o projeto-lei, que o CHEGA divulgou  e que será entregue na próxima semana, pretende-se ainda que a lei preveja expressamente que “todos os utentes devem estar inscritos num médico e enfermeiro de família, sendo designados em lista”.

O diploma altera o decreto-Lei que estabelece o regime jurídico da organização e do funcionamento das USF e o regime de incentivos a todos elementos que as constituem, bem como a remuneração a atribuir aos elementos que integrem as USF de modelo B.

O CHEGA salienta que os médicos de Medicina Geral e Familiar têm “uma importância crucial na prestação de cuidados médicos de qualidade a todos os membros da família, independentemente da sua idade ou condição de saúde” e são os responsáveis por acompanhar “uma ampla variedade de doenças, consubstanciando o seu papel fundamental na prevenção e na promoção da saúde global”.

Na exposição de motivos, o CHEGA cita números do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde relativos a abril, mês em que estavam contabilizados em Portugal mais de um milhão e seiscentos mil utentes sem médico de família atribuído.

Este projeto de lei junta-se a outros diplomas, a maioria dos quais projetos de resolução (recomendações sem força de lei), na área da saúde, que o partido tem vindo a entregar desde o ano passado e que afirma esperar que sejam em breve agendados para discussão em plenário.

É o caso de um projeto que recomenda a criação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde e de um projeto de lei que estabelece a “inclusão da normalização das boas práticas de Saúde Materna e Obstétrica e do papel do Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia na Rede de Cuidados Primários”.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que operações policiais como a que decorreu na quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, deveriam "realizar-se mais vezes" e defendeu que a polícia tem de "mostrar autoridade".
O Parlamento da Madeira aprovou a moção de censura que fez cair o Governo Regional, pela primeira vez. "A luta pela transparência numa região autónoma que tem feito tudo menos transparência é um momento marcante na nossa história política dos últimos anos.
O CHEGA recebeu vários emails, na última semana, a relatar “agendamentos fictícios” de consultas nos hospitais portugueses. Entre eles, dois se destacam. Um com o assunto “doentes agendados externamente”, relata que a unidade de saúde não tinha conhecimento da marcação da consulta, não sabia o motivo do agendamento, bem como não tinha espaço e, por isso, foi obrigada a cancelar a marcação.
Os projetos de Lei do CHEGA e do PSD e CDS-PP sobre as condições de acesso de cidadãos estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram aprovados hoje com os votos a favor dos partidos proponentes.
O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, disse hoje que não foi possível encontrar uma solução governativa para substituir o executivo de Miguel Albuquerque e que irá agora transmitir a situação ao chefe de Estado.
"Portugal tem o serviço de saúde que mais esgota recursos, que não tem, para quem vem de fora", começa por discursar André Ventura, apontando o dedo ao Partido Socialista (PS) de deixar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "numa autêntica bandalheira."
O presidente do CHEGA/Madeira, Miguel Castro, insistiu hoje que, não havendo uma reformulação do Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque (PSD), a região deve realizar eleições "o mais rápido possível".
À entrada para o Conselho Europeu, e face à insistência dos jornalistas sobre se as relações com Belém tinham esfriado, Luís Montenegro respondeu: "De maneira nenhuma".
A nomeação de Ricardo Reis para vice-presidente do regulador dos transportes foi chumbada hoje no parlamento, com o PS e o CHEGA a considerarem que não reúne as condições necessárias para as funções.
O antigo secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira Manuel António Correia defendeu hoje a “demissão imediata” do líder do PSD regional, Miguel Albuquerque, e a convocação de eleições internas no partido, às quais pretende candidatar-se.