Juro dos novos depósitos sobe em abril, com Portugal a manter das taxas menores no euro

© D.R.

A taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares subiu em abril para 1,03%, ultrapassando a barreira de 1% desde 2015, divulgou hoje o BdP, mas Portugal mantém um dos valores mais baixos na área do euro.

Segundo o Banco de Portugal (BdP), “em abril, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou de 0,90% para 1,03%, ultrapassando 1% pela primeira vez desde março de 2015”.

Em abril, a taxa de juro média dos novos depósitos foi na zona euro de 2,27%, numa lista em que Itália surge na primeira posição, com 3,08%, e Chipre na última, com 0,4%.

Portugal, que em março surgia em penúltimo lugar (com apenas Chipre a remunerar os depósitos a taxas mais baixas), ocupava em abril o antepenúltimo lugar, já que na Eslovénia os novos depósitos registaram nesse mês uma taxa média de 1,01%.

Segundo o banco liderado por Mário Centeno, os novos depósitos a prazo até um ano foram remunerados, em média, a 0,95% (0,88% em março).

Já a remuneração média dos novos depósitos com prazos de um a dois anos foi de 1,29% e a dos novos depósitos acima de dois anos de 1,12%.

Estes dados são conhecidos no mesmo dia em que começam a ser comercializados os novos certificados de aforro da ‘série E’, cuja taxa de juro base foi fixada num máximo de 2,5%, um valor que compara com a taxa base de 3,5% de remuneração dos CA da ‘série E’, cuja venda foi suspensa na passada sexta-feira.

O fim dos CA da ‘série E’ motivou críticas por parte dos partidos da oposição, nomeadamente o BE e o PCP, que acusam o Governo de ceder ou fazer um favor aos bancos. Uma acusação rejeitada pelo Governo.

Em abril o montante de novos depósitos a prazo de particulares totalizou 6.214 milhões de euros, menos 1.349 milhões de euros do que no mês anterior, com o peso dos depósitos a prazo até um ano a reduzir-se para 73% (contra 81% em março).

Relativamente aos novos depósitos a prazo de empresas, estes tiveram em abril uma remuneração média de 2,33%. Esta taxa tinha sido de 1,05% em janeiro, 1,50% em fevereiro e 1,98% em março.

Segundo o BdP, as novas operações de depósitos das empresas totalizaram 5.895 milhões de euros em abril, menos 851 milhões de euros do que em março.

Últimas de Economia

O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.