Tribunal de Coimbra está sem agentes da PSP há meio ano

© Folha Nacional

O presidente da Câmara de Coimbra afirmou hoje que o Palácio de Justiça de Coimbra está sem agentes da PSP há seis meses e exigiu ao Governo a resolução do diferendo entre dois dos seus ministérios que terão provocado a atual situação.

“Há quase seis meses que o Palácio da Justiça está sem agentes da PSP a garantir a sua segurança”, alertou José Manuel Silva, que falava no período antes da ordem do dia da reunião do executivo da Câmara de Coimbra, que decorre hoje.

Para o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós,Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt), é “impressionante e incompreensível” que não haja qualquer agente afeto ao Tribunal de Coimbra.

Acusou ainda o Governo de “desprezar a segurança dos cidadãos, dos magistrados e dos funcionários judiciais”.

De acordo com José Manuel Silva, na origem do problema estará um “pequeno diferendo financeiro [entre dois ministérios] para garantir a continuidade da PSP no Palácio da Justiça de Coimbra”.

Disse igualmente que há “falta de coordenação” no Governo para resolver o impasse.

“Reponha-se imediatamente a presença da PSP no Palácio da Justiça e entendam-se os dois ministérios quando quiserem, afinal o dinheiro vem do mesmo orçamento”, defendeu José Manuel Silva.

No decorrer da sua intervenção, o autarca criticou ainda a ausência de qualquer novidade quanto ao novo Palácio da Justiça por parte do Governo.

“Será necessário desencadear alguma ação mais mediática para que o Governo olhe para justiça em Coimbra com mais respeito e consideração? […] Será preciso fechar o atual Palácio da Justiça a cadeado para que alguma coisa aconteça?”, questionou José Manuel Silva.

O Governo “está a exaurir a paciência de Coimbra no que à justiça diz respeito e continua tranquilamente a pagar mais de 800 mil euros por ano de rendas em instalações que poderiam ser desocupadas se o novo Palácio da Justiça fosse construído”, vincou.

No dia 23 de maio, a Lusa noticiou que o Palácio da Justiça de Coimbra está, desde o início do ano, sem os agentes da PSP que habitualmente prestavam funções, depois de estes se terem reformado, revelava então a deliberação do conselho de gestão da Comarca de Coimbra.

De acordo com o documento a que a agência Lusa teve acesso, “pelo menos dois elementos da PSP, sendo um deles encarregue de garantir preferencialmente a segurança no Juízo de Instrução Criminal” estiveram “diária e permanentemente em funções no Palácio da Justiça de Coimbra, durante muitos anos”.

No entanto, desde o início do ano, “ambos os agentes policiais, que habitualmente prestavam funções no Palácio da Justiça de Coimbra, deixaram de o fazer, por aposentação”, encontrando-se o edifício “sem os referidos agentes policiais há já quase cinco meses”.

De acordo com a deliberação, com data de 18 de maio, o conselho de gestão da Comarca de Coimbra diligenciou, logo no início de janeiro, junto da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) e do comandante Distrital de Coimbra da PSP, “pela imediata substituição dos dois agentes”.

“A resposta do Comando Distrital da PSP de Coimbra foi no sentido de se tratar de um serviço remunerado. Ora, em face da recusa da PSP de colocar gratuitamente dois agentes daquela corporação no Palácio da Justiça de Coimbra, exigindo o pagamento da correspondente remuneração, e por se tratar de querela quanto à lei aplicável e sua interpretação a ser resolvida entre os Ministérios da Justiça e da Administração Interna, solicitou-se à DGAJ a superação da descrita situação, no passado mês de fevereiro”, refere.

Últimas do País

O Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) instaurou desde setembro 11 processos contraordenacionais por incumprimento Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC) em empresas e já tem inteligência artificial a ajudar no trabalho de fiscalização.
Meio milhão de chamadas terão ficado por atender na Linha de Saúde 24. No início de uma ronda da saúde pelo país, a ministra Ana Paula Martins disse querer melhores números no inverno.
Dois acordãos do Supremo Tribunal Administrativo (STA) consideram que as torres são "parte componente" dos aerogeradores e devem ser incluídas "na avaliação do prédio urbano industrial (parque eólico) para efeitos de IMI", dando razão a recursos da Autoridade Tributária (AT).
A Ordem dos Médicos (OM) decidiu hoje enviar para o Conselho Disciplinar o relatório sobre as cirurgias adicionais realizadas pelo dermatologista do Hospital de Santa Maria que recebeu mais de 700 mil euros em três anos.
O primeiro dia de greve dos Sapadores Bombeiros de Lisboa registou uma adesão entre os 85% e os 90%, disse à Lusa o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), lamentando a falta de respostas do município.
A Medialivre, dona da CMTV e da Now, admite avançar com uma ação judicial para que se cumpra a deliberação da entidade reguladora que defende o alargamento dos debates das presidenciais a todos os canais.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou 102 ocorrências, ainda atribuídas à depressão Claudia, entre as 00:00 e as 08:00 de hoje, maioritariamente na Grande Lisboa, e sem provocarem vítimas, segundo fonte oficial.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) começou hoje uma operação geral de fiscalização dos veículos automóveis pesados de transporte de mercadorias e de passageiros, que se vai estender até domingo, anunciou a própria força, em comunicado.
Os cerca de participantes no 14.º Congresso da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) aprovaram hoje por unanimidade uma moção de adesão à greve geral de 11 de dezembro, convocada contra o pacote laboral do Governo.
Os bombeiros decidiram hoje avançar com protestos, como a recusa de realizar altas hospitalares durante algumas horas, marchas lentas e deslocação mensal de viaturas ao parlamento, face à ausência de respostas governamentais às reivindicações do setor.