Professores com cartazes vermelhos exigem “respeito”

© fenprof

Professores marcaram  presença nas comemorações do Dia de Portugal, no Peso da Régua, empunhando cartazes onde pedem “respeito” e para reafirmarem que a luta continua.

“Estamos aqui a demonstrar que continuamos na luta este ano e no início do próximo ano letivo”, afirmou aos jornalistas Francisco Gonçalves, secretário-geral adjunto da Federação Nacional de Professores (Fenprof).

Os docentes espalharam-se entre os populares que se juntaram para assistir às cerimónias oficiais militares do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que, este ano, decorrem na cidade da Régua, distrito de Vila Real.

Os docentes traziam nas mãos pequenos cartazes vermelhos onde se podia ler a mensagem “Respeito, precariedade não! – Carreira recomposta, salários atualizados – horários legais – aposentação justa!”, enquanto uma docente de Vila Real carregava um grande cravo vermelho e verde.

Francisco Gonçalves apontou para uma participação de cerca de 200 professores, entre dirigentes sindicais e docentes da região Norte, garantindo um protesto “ordeiro” e “respeitoso”, cumprindo “as regras do dia 10 de Junho”.

“Aliás, nós somos professores, exigimos respeito e, naturalmente, se exigimos respeito temos naturalmente que primeiro dar o exemplo”, salientou.

Mas, acrescentou, que os docentes não podiam perder a oportunidade de alertar para as suas exigências e exigir a resolução dos problemas.

Os professores estão a realizar há vários meses greves e manifestações com reivindicações relacionadas com a carreira, designadamente a contagem do tempo de progressão congelado – seis anos, seis meses e 23 dias – sendo que a última aconteceu na terça-feira.

“Aquilo que até ao momento foi apresentado é manifestamente insuficiente e é isso que nós aqui queremos mostrar”, frisou.

Francisco Gonçalves apontou ainda para o “fenómeno da falta de professores que está em crescendo e que resulta da desvalorização da carreira e da profissão”.

O protesto de hoje foi promovido pela plataforma de nove organizações e professores como a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional da Educação (FNE), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões das Comunidades Portuguesas terminam hoje no Peso da Régua com a tradicional cerimónia militar do 10 de Junho, depois de terem passado pela África do Sul.

Na cerimónia militar, que decorre na avenida do Douro, estão presentes o Presidente da República, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e líderes de partidos, entre os quais o presidente do PSD, Luís Montenegro.

Últimas do País

A greve de hoje na função pública estava às 09:00 a registar uma adesão de cerca de 60% na educação e saúde, com uma maior expressão na zona norte, disse à Lusa o secretário-geral da Fesinap.
Portugal deu passaporte a quase um quarto de milhão de estrangeiros em cinco anos — mas mais de metade nunca viveu no país. O fenómeno explica-se sobretudo pela antiga lei dos descendentes de judeus sefarditas, responsável por mais de 100 mil naturalizações feitas “à distância” e agora abolida.
O Serviço Nacional de Saúde atendeu mais de 100 mil estrangeiros não residentes num único ano, mas quase metade não pagou um cêntimo, por não ter seguro, protocolo internacional ou meio de cobrança. A ministra da Saúde admite que 40% dos imigrantes tratados no SNS não têm qualquer cobertura, enquanto as dívidas acumulam-se e ficam aos ombros dos contribuintes.
A endocrinologista detida na quarta-feira, no Porto, por alegado envolvimento num esquema fraudulento de prescrição de medicação para diabetes a utentes que queriam perder peso, tem de prestar uma caução de 500 mil euros, adiantou à Lusa fonte judicial.
Três sismos de magnitudes 1,9, 2,0 e 2,6 na escala de Richter foram sentidos esta quinta-feira, 20 de novembro, na ilha Terceira, nos Açores, revelou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).
O Tribunal Judicial de Elvas decretou hoje a prisão preventiva de um dos três detidos pela PSP, na segunda-feira, naquela cidade, suspeitos do crime de tráfico de droga, revelou fonte daquela força de segurança.
O Estado português está a gastar mais de 40 milhões de euros anuais só com reclusos estrangeiros, uma despesa que dispara num sistema prisional já sobrelotado e em tensão crescente. Os números oficiais mostram que Portugal paga cada vez mais, mas recupera cada vez menos.
A proporção de jovens internados em centros educativos abrangidos pelo Sistema de Promoção e Proteção atingiu em 2023 o valor mais alto de sempre, chegando aos 90%, contra 63% registados em 2016, foi hoje anunciado.
A Ordem dos Psicólogos Portugueses apelou hoje ao Governo mais investimento na promoção de competências parentais e prevenção de maus-tratos infantis nos primeiros 1.000 dias de vida, defendendo que seria gerador de um retorno positivo para a sociedade.
O Tribunal da Relação do Porto (TRP) condenou a cinco anos e 10 meses de prisão efetiva um homem que tinha sido absolvido de abusar sexualmente de uma filha com quatro anos, em Aveiro.