Presidente da Junta de Mouriscas detido por alegados crimes de peculato

© Facebook da Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje um autarca do concelho de Abrantes pelo crime de peculato e peculato de uso, segundo anunciou em comunicado, tendo a Câmara adiantado tratar-se do presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas.

Em comunicado, a PJ refere ter hoje dado “cumprimento a mandado de detenção”, tendo detido um homem de 49 anos, “fortemente indiciado pela prática do crime de peculato e peculato de uso”.

A ação decorre depois de terem sido realizadas “seis buscas na zona de Abrantes”, nomeadamente em Mouriscas, no distrito de Santarém, “tendo sido apreendidos diversos objetos e consistentes elementos de prova sobre os factos objeto da investigação”, pode ler-se na mesma nota.

“O arguido, autarca local, terá utilizado abusivamente meios e funcionários da autarquia em seu proveito ou de terceiros, bem como também se apropriou de diversos bens, pertença da mesma autarquia”, lê-se no comunicado da PJ, que nunca refere qual o autarca ou a autarquia em causa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, adiantou que o autarca detido pela PJ é o presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas, Pedro Matos (PS), afirmando estar surpreendido, nomeadamente “pela forma e pelo conteúdo do que pode estar aqui em causa”.

“Há situações que não merecem outro tipo de apontamento senão dizer que à justiça o que é da justiça, à política o que é da política”, afirmou o autarca socialista.

Manuel Jorge Valamatos, que falava à margem dos festejos do Dia da Cidade, que hoje se assinalam, acrescentou que vai agora “aguardar o desfecho da informação da PJ” e que, “a seu tempo”, serão tomadas outras posições públicas.

O presidente de Junta de Freguesia de Mouriscas, Pedro Matos, foi hoje presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação medidas de coação.

Pelas 17:30 ainda estava a ser ouvido pelo Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Santarém.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.