Este Governo, e em particular o seu primeiro-ministro, têm uma enorme dificuldade em relatar os factos tal e qual como são.
Veja-se o recente caso da ida de Costa à Hungria, para comparecer na final da liga Europa. Apesar da paragem em Budapeste não constar da agenda oficial do primeiro-ministro português, a verdade é que António Costa foi mesmo assistir ao jogo, e logo ao lado Viktor Orbán, que identifica como racista e de extrema-direita, o que também diz muito das convicções de Costa.
Incoerências de lado, a história não ficou por aqui. Depois de numa primeira fase o gabinete de Costa se ter remetido ao silêncio e de uma surpreendente declaração do Presidente da República, que dava conta que “o primeiro-ministro ia para uma reunião internacional e entendeu que devia dar um abraço a José Mourinho”, tivemos a versão de que se tratara afinal de uma escala técnica.
Seguiu-se, por fim, a versão de que o primeiro-ministro teria sido convidado pelo presidente da UEFA, com o objetivo de falar da candidatura de Portugal ao Mundial 2030. No meio de tudo isto, sobram dúvidas e levantam-se inúmeras questões, nomeadamente sobre o real motivo desta visita secreta.
Onde é que já vimos isto? Infelizmente não precisamos de recuar muito no tempo. Basta olharmos para o caso rocambolesco que foi a intervenção do SIS na recuperação do computador do adjunto de Galamba, ou para o caso que deu origem à choruda indemnização a Alexandra Reis, ou ainda para a forma como o Governo atuava na TAP.
Cada vez há mais meias-verdades, mas são sempre os mesmos a pagar a fatura das mentiras socialistas.