Inflação na China estagna em junho

©D.R.

O índice de preços no consumidor, principal indicador da inflação na China, fixou-se em 0%, em junho, face ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) do país asiático.

Trata-se da taxa mais baixa dos últimos 28 meses e representa uma queda de 0,2%, face ao mês anterior.

Os dados ficaram abaixo do esperado pelos analistas, que previam um aumento de 0,2%.

Dong Lijuan, estatístico do GNE, assegurou que o mercado consumidor permaneceu “basicamente estável” em junho e destacou a queda de 7,2% no preço da carne de porco, a principal fonte de proteína animal na cozinha chinesa.

Entre os preços de bens não alimentares, a queda mais significativa foi a dos combustíveis para transporte (-17,6%).

Na comparação mensal, os preços ao consumidor caíram 0,2% em relação a maio, enquanto analistas esperavam uma subida de 0,1%.

Zichun Huang, analista da consultora britânica Capital Economics, assegurou que a referida deflação dos combustíveis – que atingiram o preço mais baixo dos últimos 31 meses – “provavelmente vai esbater-se nos próximos meses”, algo que, juntamente com a pressão salarial decorrente da situação no mercado de trabalho, poderá fazer com que a inflação suba para cerca de 1% no final deste ano.

O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços à saída das fábricas, caiu 5,4% em junho, em termos homólogos – uma queda 0,8% mais acentuada do que a registada no mês anterior e também mais acentuada do que o esperado pelo especialistas, que previam uma contração de 5%.

Dong atribuiu esta evolução à elevada base comparativa do ano passado e à “queda contínua” dos preços de matérias-primas como o petróleo ou o carvão.

Huang espera que a deflação dos preços ao produtor também “se modere um pouco” durante o segundo semestre de 2023, já que os gastos com a construção de infra-estrutura devem ajudar a travar a queda nos preços das matérias-primas.

Últimas de Economia

A taxa de desemprego fixou-se em 5,8% no terceiro trimestre, 0,1 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior e menos 0,3 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A bolsa de Lisboa negociava hoje em alta com o PSI em máximos desde janeiro de 2010 e as ações dos CTT e da REN a liderar os ganhos.
A Autoridade Tributária e Aduaneira publicou no portal das Finanças um novo alerta aos contribuintes sobre a circulação de emails e mensagens SMS falsas, "enviadas por pessoas que se fazem passar pela instituição".
Os dados revelam um desfasamento de 67% entre o preço médio dos imóveis anunciados, cerca de 387 mil euros, e a capacidade de pagamento dos compradores, que procuram habitações em média de 233 mil euros.
Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026, segundo a sondagem de expetativas de outono apresentada hoje pelo Instituto da Economia, próximo do patronato germânico.
A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 5.959 milhões de euros em setembro, pelo 10.º mês consecutivo, para 294.319 milhões de euros, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares manteve-se nos 1,34% em setembro, interrompendo um ciclo de 20 meses de descidas, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
As portagens das autoestradas poderão aumentar 2,3% em 2026, a confirmar-se a estimativa da taxa de inflação homóloga para outubro, sem habitação, divulgada hoje pelo INE, acrescida dos 0,1% de compensação às concessionárias.
A taxa de inflação na zona euro fixou-se em 2,1% em outubro deste ano, um ligeiro avanço face aos 2% do mesmo mês de 2024, revela a estimativa preliminar hoje divulgada pelo gabinete estatístico da União Europeia.
O elevado custo da energia e a concorrência desleal foram os dois principais alertas feitos hoje por líderes empresariais portugueses numa reunião com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE), Stéphane Séjourné, em Lisboa.