Obras em escolas aumentam pressão sobre contas públicas no Reino Unido

© D.R.

O economista britânico Ben Zaranko avisou hoje que a necessidade de reparações urgentes em dezenas de escolas britânicas vai colocar mais pressão no orçamento público e eventualmente forçar cortes na despesa.

“A inflação foi muito mais elevada do que o previsto, os aumentos salariais foram muito mais elevados do que o esperado, mas o orçamento não foi ajustado o suficiente para absorver os custos adicionais”, afirmou hoje, durante um debate organizado pelo centro de estudos UK in a Changing Europe.

O Governo mandou encerrar dezenas de escolas total ou parcialmente devido ao risco de derrocada por usarem na construção betão celular autoclavado, conhecido como RAAC, mais leve e menos dispendioso do que o betão armado normal.

O Executivo prometeu cobrir o custo das reparações, mas está a ser criticado por não ter feito providenciado fundos para a manutenção dos edifícios nos anos anteriores.

O economista do Instituto de Estudos Fiscais britânico sublinhou que o governo está pressionado devido ao custo crescente com o serviço da dívida e baixo crescimento económico.

“O problema é que tudo isto se vai acumulando. Eventualmente, é preciso começar a reduzir o número de efetivos, cortar noutras coisas, para que as contas baterem certo. Esse será um desafio para a próxima revisão da despesa”, disse.

Zaranko falava num debate sobre os desafios que o Reino Unido enfrenta a cerca de um ano das eleições legislativas, previstas para o outono de 2024.

Um relatório publicado pelo centro de estudos intitulado “Panorama Político” abrange temas como o nível de vida, habitação, ambiente, saúde, migração ou política externa.

Uma sondagem divulgada no sábado pela empresa Opinium dava uma vantagem ao Partido Trabalhista, o principal partido da oposição, uma vantagem de 14 pontos sobre o Partido Conservador do primeiro-ministro, Rishi Sunak, atualmente no poder.

A sondagem indicava que as intenções de voto no ‘Labour’ subiram para 42% e nos ‘tories’ para 28%.

Últimas do Mundo

O procurador-geral de Espanha, Álvaro García Ortiz, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, condenado pelo Tribunal Supremo do país por um delito de revelação de informações pessoais e em segredo de justiça através do reenvio de um 'e-mail' a jornalistas.
O crescimento económico na OCDE desacelerou para 0,2% no terceiro trimestre, menos duas décimas que no segundo, com uma evolução diferente entre os países membros e uma queda significativa da atividade do Japão.
Cerca de mil pessoas, incluindo mais de 130 alpinistas, foram hoje retiradas das proximidades do vulcão Semeru, na ilha de Java, que entrou em erupção na quarta-feira, disseram as autoridade indonésias.
A ação, hoje anunciada pela Europol, decorreu na quinta-feira, no âmbito do Dia da Referenciação, e abrangeu Portugal, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Reino Unido.
Os Estados Unidos anunciaram hoje a chegada ao mar das Caraíbas do seu porta-aviões USS Gerald Ford, oficialmente no âmbito de operações de combate ao narcotráfico, mas que ocorre em plena escalada das tensões com a Venezuela.
Milhares de filipinos reuniram-se hoje em Manila para iniciar uma manifestação de três dias anticorrupção, enquanto a Justiça investiga um alegado desvio de milhões de dólares destinados a infraestruturas inexistentes ou defeituosas para responder a desastres.
Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.