Bielorrússia impede cidadãos de renovarem o passaporte fora do país

© D.R.

O presidente da Bielorrússia assinou hoje um decreto proibindo os cidadãos de renovarem o passaporte a partir do estrangeiro e que poderá forçar quem saiu do país por motivos políticos a regressar para manter atualizados os documentos de viagem.

Entre 200.000 a 300.000 bielorrussos abandonaram o país nos últimos três anos, na sequência dos protestos massivos contra mais uma reeleição do Presidente Aleksander Lukashenko, e que implicou uma ampla vaga repressiva contra a oposição.

A oposição local e diversas capitais ocidentais consideraram que os resultados foram manipulados.

O decreto de Lukashenko prevê que um passaporte bielorrusso apenas pode ser renovado no local onde o seu proprietário estava registado como residente antes de deixar o país.

A líder da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya, que fugiu para a Lituânia após desafiar Lukashenko nas presidenciais de 2020, emitiu um aviso aos bielorrussos ao referir que “mesmo que o vosso passaporte fique caducado, não devem regressar ao vosso país caso arrisquem perseguição”.

Tsikhanouskaya indicou à agência noticiosa Associated Press (AP) que a Polónia e a Lituânia emitiram os designados “passaportes estrangeiros” destinados aos bielorrussos e que lhes permitem permanecer nesses países.

A organização de direitos humanos bielorrussa Viasna indicou que mais de 1.500 pessoas estão atualmente detidas na Bielorrússia por motivos políticos.

Jornalistas e ativistas bielorrussos têm enfrentado uma repressão em larga escala desde a votação presidencial de agosto de 2020, que deu um sexto mandato a Lukashenko.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.